Silêncio

Não é hábito sentir
essa vontade de fugir,
uma busca em desespero.
Mas hoje, o que me limita
é essa voz sufocada que grita,
esse silêncio austero.

Engoli o meu sofrimento,
para que não o levasse o vento,
por aí, de boca em boca.
Queria a voz sair da garganta,
mas fica presa, pela dor ser tanta,
não se mostra, ficou rouca!

E os olhos caminham colados ao chão,
tentando esconder abraços de paixão,
fumo do fogo da fogueira em chama;
Passando ao lado e ignorando cruelmente,
quem vive por vezes dentro da gente,
aquele alguém que tanto se ama!


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