Desgosto

Olho o horizonte, na tentativa
de conter uma lágrima furtiva
que teima em percorrer meu rosto…
Eu passo agora meus dias
ansiando regressar ás alegrias
mortas pelo sabor do desgosto.

Morro um pouco, cada dia,
e a luz da alegria
afasta - se cada vez mais;
faz – me então perceber,
que eu apenas posso ser
como o comum dos mortais...

E o sorriso que era fácil em minha boca,
é nela agora coisa rara, coisa pouca,
é como aurora boreal,
rara, a colorir meus lábios de mel,
pelo excesso de chuva no meu céu,
ser agora ritmado e mortal…

Sou agora uma dor enorme em mim…
Como se interminável… sem fim…
Que eu tento curar calada,
e para esconder é então que minto,
disfarçando a dor que sinto,
dizendo sorrindo que ... não dói nada…


Comentários

  1. Não encontro palavras para "descrever" ou "comentar" tamanha perfeição na descrição de um "estado de alma"! Mas, se necessário, continua mentindo, mas...Vai em frente!!!

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