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A mostrar mensagens de novembro, 2011

Viagem ao centro da alma

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  Apanhados sem saber, sem tão pouco perceber quando fomos embarcados… Quando demos conta, já íamos a caminho, por estradas de entrega e de carinho, carentes…   juntos felizes e apaixonados. Paramos em várias estações, obrigados pelas indecisões e por saltimbancos deprimentes, mas reiniciamos com mais força e vontade, certos da nossa verdade e dos nossos sentimentos. O mundo gira e voa o pensamento; sabemos que agarramos cada momento com ambas as mãos e com vigor, pois cada contratempo no trajecto , só nos mostra que estamos sempre perto lutando pela vida deste amor! E visitamos com delicadeza e calma o centro do nosso ser ,da nossa alma, Entrando pelo acesso mais invulgar; quando abraçados somos corpo ausente, que serve apenas, para deixar que invada a mente a força que nos une   … incomparável força do olhar.

Metade de mim…

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Já sem a luz das velas aromáticas, apenas com o eco das palavras ditas, regressaram ao meu lar vazio, as lágrimas azedas, constantes … malditas… Juntei – lhes sabão e fiz espuma e com elas lavei, por tino, as louças, e através da janela só havia uma bruma Que rindo, cruel, me levava as forças… Guardei no armário do meu peito os talheres, junto aos momentos vividos, e regressei às imagens do teu deleite entre as iguarias e os abraços servidos. E a cada passo, nesta viagem , mais me desfazia, mais ficava degradada, pois eu fui animal selvagem, presa perseguida em bárbara caçada. Fui todo o dia lume e calor; dei – me inteira do inicio ao fim; investi todos os meus ingredientes de amor, mas fiquei apenas mais despida … metade de mim… O dia avisou – me que a noite partia… As horas haviam passado caladas… Regressei quieta para a cama vazia ouvindo partir, teus passos nas escadas… Pela janela, vejo o dia nascer, morrendo por não

Meu corpo

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Meu corpo está ainda como o deixaste , despido de tecidos mas coberto das mãos tuas; deitado na nossa cama onde me amaste, ardendo de prazer, queimando as peles nuas. Meu corpo é teu terreno húmido e fecundo onde semeias o teu corpo suavemente, deixando tuas sementes no meu eu mais fundo que germinam em mim, ninho seguro e quente… Meu corpo é teu divã relaxante depois do auge da entrega carnal e do prazer, onde ficamos entregues a cada instante abraçados sem força que nos possa desprender! Meu corpo é teu refúgio, é teu abrigo, parte de mim, tua pertença, tua mina, onde entras para fazer amor … comigo e seres feliz como ninguém te imagina… Meu corpo completa o teu corpo, que sedento procura em meus olhos a firmeza de te esperar e querer a cada momento amenizando tuas dúvidas e momentos de tristeza . Meu corpo é só de mim um pedaço, todo o resto que tu amas é alma e coração, e toda eu ouço o teu grito no teu abraço me pedindo : “ Não

Gélidas gotas

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Chove agora tanto em mim que me sinto encharcada, são gélidas gotas de tristeza de vazio carregadas; sinto- me só numa rua, onde não encontro a saída e sou de novo menina forte e com garra abandonada nesta vida...

Espelho

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Em frente ao espelho rasgas sonhos ; Olhas palavras de mel e beijos de lume; Desmaquilhas os olhos risonhos; Quebras promessas e paladares de ciúme. Despes das vestes a vontade, dos cabelos desprendes a magia e regas todo o teu ser com saudade, afogas em lágrimas sangrentas, tua agonia. Vês que foste viagem e aventura, fonte de luxúria, parque de diversões, cavalo de apostas e loucura, depósito de mentiras e ilusões. Assumes ter sido carne saciando prazer, desfeita em sumo de uma qualquer fruta ; Olhas o espelho, que te mostra teu doer por não seres amada como mulher mas como puta. 

Lembranças

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Nas almofadas e nos lençóis da minha cama, ainda posso encontrar teu doce cheiro, que se passeia por entre as gotas de suor do teu corpo em chama e os fios do meu cabelo que tua mão penteia… Ainda ouço as risadas e as alegres picardias que provocamos para ver sorrir e atiçar ; ouço nas horas de solidão as alegrias e a força dos olhos entregues a se abraçar. Leva - me longe meu pensamento infinito; busca – te nas memórias que a vida escreveu, e só, sufocada pela dor do meu grito, sou a lembrança de alguém que me teve e me perdeu.