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A mostrar mensagens de julho, 2011

Sempre

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Sonhaste com a hora da minha chegada, Com o olhar que nos prendia; Sonhaste com o ruído da porta de entrada, Com o contemplar da tua alegria. Sonhaste com o abraço assassino de saudades, Com a intensa respiração de desejo; Sonhaste com todas as nossas vontades, Expressas nas salivas dos nossos beijos. Sonhaste com o meu aroma corporal, Que te tira do sério e te fascina, Sonhaste com a sobremesa carnal Confeccionada com teu pénis em minha vagina… Sonhaste possuir - me  como antes, Com a mesma força e o mesmo amor; Sonhaste que ainda éramos amantes, Desnudos, entregues, sem pudor! Sonhaste com meus gritos de prazer, Onde viajas loucamente e hibernas; Sonhaste que ainda me podes ter Fazendo escorrer teu sémen em minhas pernas… Sonhaste com a paz depois dos corpos em luta, Deitados nus, abraçados num olhar; Sonhaste com a voz que teu coração escuta, A voz da mulher, que sabes tão bem amar! Sonhaste ter - me mais uma vez em teu abraço, Para comprovares se o amor que sentias era real,

Deixa a vida viver

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Deixa a noite te envolver; Deixa a vida ganhar cor; Sente a força do mar percorrer Todas as formas de fazer amor. Deixa a estrela cadente voar. Entrega-lhe o teu sonho em pedido; Deseja intensamente o forte abraçar, Do distante desconhecido… Deixa cada onda agitada Penetrar – te como anéis de Saturno, Sacia tua vida em pequenos nada, Transforma – te em faminto nocturno. Deixa a vida viver… bem viva. Grita ao mar; prende – te à areia; Empenha toda a tua saliva, Como se agarrasses toda a luz da lua cheia . Deixa a tristeza partir destruída, Deixa a alegria te destilar em alambique; Degusta intensamente o sabor da vida Como às iguarias de um piquenique.

A praia

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A praia traz – me mãos dadas Traz - me sorrisos Abraços Pegadas. Traz – me olhares Luar Traz – me promessas O mar… Traz – me momentos Desejos Juramentos Os beijos. A praia traz – me a madrugada O horizonte distante A caminhada O amante! A praia traz – me areia A música da voz A alma cheia Nós… A praia traz – me o vento A lágrima salgada O sentimento A face gelada. A praia traz – me o frio As lembranças O rodopio Das nossas danças. A praia traz – me o cheiro O toque das peles macias O amor verdadeiro As alegrias. A praia traz – me quem se foi… A dor Como dói Tudo… sem ti, amor… A praia traz – me teu rosto O bater do coração O sol-posto A minha solidão…

Madrugada

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Regressei a casa de pés no chão, sentindo nos pés o frio da madrugada, trazendo tudo da minha vida,no coração gelado pela força da brisa da geada. Entrei devagar no palácio sombrio, abri – lhe a porta como quem não quer entrar, arrastando a dor que me gelava,como o frio dos pólos do ter de partir querendo ficar. Caminhei em silêncio em cada passo, deixando pegadas de passados e de sorrisos. Despi do corpo a roupa em compasso mantendo apenas a pele e os cabelos lisos. Subi a escada ,quase sem respirar pois me impregnava o cansaço e a dor, da tristeza e da força do amar e a constância das forças do rio do teu suor. Abri lentamente a janela do meu espaço... Uma brisa revoltada agrediu me com o cortinado, e brevemente transportou – me para dentro do abraço que inesquecivelmente repousou a meu lado. Instantaneamente saltaram aguçadas lágrimas de desgosto, fazendo lembrar as palavras do olhar e dos corpos,o envolver, caíram vertigi

Ainda estou aqui… em ti

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Ainda estou aqui a olhar por ti, a dar – te tudo de mim, a viver com o teu sorriso a ver em ti o paraíso, a pousar em teu jardim. Ainda estou por perto… Sendo tua água no deserto, a dar – te a sombra no calor. A viver com tua alegria, a ver em ti  magia, a mergulhar – te no meu amor. Ainda estou aqui ,sedenta do teu mimo que me alimenta, a dar – me por inteiro. A viver constantemente com tua presença tão ausente, sendo meu ar o teu cheiro.

Sabes amor

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Sabes o sabor da minha boca; Da minha língua, sabes os desvarios; Sabes o toque e o tamanho da minha roupa, do meu corpo, sabes todos os arrepios… Sabes o veludo da pele, do corpo meu; Da minha anca, sabes o agitar; Sabes que em minhas curvas visitas o céu; Das minhas mãos não te queres soltar. Sabes que o meu pensamento te pertence; Do meu corpo, sabes o prazer… Sabes que o amor que me tens te vence, da minha vida não te queres perder. Sabes da minha voz a calma imensa, Da minha palavra, sabes o conforto; Sabes que somos um do outro, pertença... Do teu barco sou o teu porto… Sabes o cheiro do meu cabelo fino; Do meu olhar, sabes as histórias e os receios; Sabes o medo que tens do destino, te privar do adormecer em meus seios!

Sê feliz

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Deixar-te partir é como jogar fora os segundo que te dediquei, os beijos que dei, as carícias que provei. Deixar - te partir é rejeitar os segundos que virão, é não sentir mais o toque da tua mão, é viver a vida sem verão! Deixar  - te partir é dar - te liberdade, é mudar o rumo da vontade, é negar a minha verdade! Deixar - te partir é minha penitência, é aumentar  a minha carência,  é mostrar toda a minha benevolência. Deixar - te partir é chorar calada, é como ser uma vela apagada, é como ser flor arrancada. Deixar - te partir é fazer o que jamais quis, é contrariar o que o coração diz, é gritar tão alto : Vai! Vai, mas sê feliz!

Veneno

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Entraste em mim,para provar do meu amor, criando em mim um feto de esperança, e agora partes,arrancando–te à força…e deixas dor, e o meu mundo estagnou no tempo, j á não avança! Entraste em mim,para saciares tua sede de felicidade! Alimentaste–te, renovando tuas forças,no meu mel, e agora,na hora de amares,com toda a intensidade deixas meu mundo,poluído de veneno com intenso sabor a fel. Entraste em mim,me encantando e iludindo… Criando em mim um espaço de harmonia e mistério, e agora partes vitorioso,indiferente e sorrindo, deixas meu coração cheio de sepulturas, qual cemitério…

Para quê?

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Amar para quê? Me pergunto vezes tantas… Se amar magoa, destrói, tr az amargura… Nos lábios a devastação… a secura, a dor presa nas gargantas! Quem inventou tal sentimento não teve a oportunidade,afinal de ver como o amor nos causa mal é mais que morte,é um tormento! E a caminho da morte,compadecida, fica a sofrer a pobre vida, solitária … dolorida… viúva… Por lhe terem prometido amor, deixando tristeza e dor que a seus olhos sempre tr az chuva…

Eu sou a noite

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A noite traz–te e leva–te… Ficas e vais… Entras e sais… Foges e chegas… A noite dá–te e tira–te… Confraternizas e brigas… Beija-te e morde–te… Choras e ris! A noite prende – te e solta – te… Rasga-te   e junta-te… Ama-te e odeia-te… Abraça–te e empurra-te! A noite acha – te e perde – te… Olha–te e cega–te… Come–te e regurgita–te… Mata–te e ressuscita–te…. Socorro! Ajuda–me! Eu sou a noite!

Varanda

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Da varanda vejo a lua, ouço o mar que está revolto, está tão vazia a minha rua só a enfeita meu cabelo solto. Da varanda saio em viagem, percorro longos trilhos onde passei e encontro realidades em minha passagem, dos corações que já amei. Da varanda não atinjo as paisagens que procuro e olhando o horizonte finjo acreditar que existe futuro. Da varanda contemplo a noite amena onde aromas da noite me recordam o que vivi. Aqui ficarei ansiosamente serena aguardando, como outrora, por ti…

Castelo desfeito

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Era nublada a manhã que nascia. Cantavam-me pássaros à janela. Mas em mim, minha alma, não via a alegria que sonhei e era bela! Apedrejada por pensamentos deprimidos, acordei, como se um terramoto me demolisse. Assustavam – me meus gritos contidos… Pena foi , não haver quem os ouvisse! Ergui-me em sobressalto do leito oco, esperançada que fosse um pesadelo afinal… Mas não! Eu fui percebendo pouco a pouco, que não era ilusão. Era Real! Havia se desmoronado o castelo que construí, Erguido com sonhos, meu amor e muito jeito. Lamento – me agora, em dor, pois percebi que a minha vida, esse castelo, está desfeito!

Gravado em mim

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Vejo um olhar e é o teu! Vejo o luar e sei – te meu! Vejo a chuva a cair e és o abrigo! Vejo um sorrir fico contigo! Vejo o sol brilhar e é teu calor! Vejo as ondas do mar é o teu amor! Vejo a melodia e é tua voz! Vejo alegria e somos a sós! Vejo a madrugada e é teu encanto! Vejo a geada e és quem amo tanto! Vejo uma flor e és jardim! Vejo – te amor gravado em mim!