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A mostrar mensagens de fevereiro, 2012

Negrito

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Olhar profundamente um olhar que se ama é quase voltar a nascer em berço de lava quente, é como se o mar nos engolisse como a uma chama e incendiasse de água fresca a alma da gente! E depois de sugados e arrastados por tal robustez tudo ao redor se torna natureza e fascinação, e a pele é como pluma leve impregnada de maciez que se entrega nos quentes braços da lava de um vulcão. Explodem sorrisos que enfeitam os céus, de sol, infestados, banhados por ondas azuis e espumas dançantes que trepam com firmeza, o negro do basalto, tão bonito. Sorriem olhos… Há mar e braços, que misturados, se abraçam forte e, certos de amarem como antes, deixam marcadas, com amor, rochas do Negrito.

Cupido

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Acordar dentro do teu abraço é como mergulhar na água mais pura. Acordar envolta nos teus beijos, é sentir a vida a pulsar cheia de vontade. Acordar a cada manhã e sentir a tua mão que me segura é dormir e perceber que não és sonho és realidade. Durmo serena,pois sei que és meu doce e firme aconchego. Durmo olhando a luz do teu olhar brilhante e sedutor. Durmo abraçada aos teus braços que são meu ninho de sossego e acordo presa ao teu colo carregado de beijos e amor. E cada noite que repousamos lado a lado quando me dizes que me amas, ao ouvido, eu sinto-te viver dentro de mim, meu namorado, Bênção perfeita que me ofereceu o deus cupido.

Remos pesados

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  Eu remei na vida minha, remei sem jamais largar os remos pesados, calejada pelas rochas chorei inundando meus olhos de mar, tão salgados… Tão salgados e cheios de amargor queimaram meus sonhos, meus intentos e fui berço de lágrimas e de dor onda de castigos e lamentos… Lamentos que feriram tão profundo… ferindo minha força e coragem de lutar. hoje é o dia que disse ao mundo vou partir. Expulsa-me sem hesitar… Eu remei em tempestades descampadas fiz dos ventos a força das velas minhas mas, é difícil chegar ao porto em jangadas que ao passar matam garças e andorinhas.

Impotente

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  Acabei por ver um vazio no olhar e uma dor na alma calada, e já quase sem forças para lutar fiquei sem ar… parada… Parei o sorriso,a alegria,a entrega… fiquei suspensa,sem rumo,sem lar… e o choro calado me rega, sem que eu possa ao menos chorar… Impotente… estou impotente… muda, estática e corroída… Não queria nada de mais,não sou exigente, queria apenas viver de amor,a minha vida! Fui enviada para longe do meu abrigo… … o cais ruiu,e eu sem salvação ferida pelas mágoas,sinto o perigo de ter de matar meu coração…