Nadine



Hoje que me sopram teus ventos
e tuas chuvas me inundam por dentro,
eu sou como uma folha de outono caída 
arrastada pelas ondas ferozes dos meus pensamentos.
Sou sem sol e sem luz,
devastada pela tempestade que regressa a casa…
Sinto as valetas me levando
como se fosse eu um pássaro ferido na asa.
A cada rajada vejo meu jardim
perder a graça das flores e dos arbustos
e a cada sopro teu, chove mais em mim,
e eu desperto com assobios tornados sustos.
E de quantas tempestades é feita a vida?
Por quantos ventos somos arrebatados?
Somos tão pequenos. Sou uma folha caída
ao sabor do capricho dos tornados...

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