Desertos



Esta coisa de não sabermos quem somos
Torna-nos loucos conquistadores
Por vivermos uma busca incessante
Percorrendo caminhos de conquista
De encontros e de amores…

Esta coisa de andarmos por aí (à deriva)
Guiados por bússolas e relógios solares
Faz de nós seres incompletos,
desencontrados  e inquietos, 
astronautas , cientistas, infindos mares.

Esta coisa incerta que temos de certo
Leva-nos a campos abertos
Mostra-nos céus que jamais voaremos;
Pois não somos o que temos,
Não somos mais por enriquecermos
Quanto mais ricos, mais desertos…

Esta coisa de nascer para morrer
E vivermos tão mortos enquanto vivos
Faz a alma padecer
Chorar de desgosto e desprazer
Enche-nos de momentos negativos…

Esta coisa de não sabermos quem somos
Torna-nos loucos conquistadores
Mata-nos a incerteza e o desalento
Por sabermos que morremos (a qualquer momento)
Somos livros abertos cheios de dores.

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