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A mostrar mensagens de julho, 2013

Sopra-me

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Vem devagar,pé ante pé como quem esperançoso acende uma fogueira vem devagar trazer-me conforto e fé aninha-te,agasalha-te à minha beira. Sopra-me tranquilamente como se fosse eu,um lume adormecido que vai surgindo timidamente ganhando vida… sentido… Vem devagar,em silêncio,vem envolve-me em lábios e pele macia dentro de mim só tu(mais ninguém) cada momento é magia… Sopra-me calorosamente aquecendo com delicadeza meu corpo são que adormeço serenamente nas linhas da vida da tua mão…

Doce mar salgado

Colho o teu sabor de doce mar salgado que te escorre pela pele do corpo queimado, que o sol beijou, deixando tons de caramelo; provo-te num beijo doce de verão, faço disparar o teu coração quando, carinhosamente, acaricio o teu cabelo. A água salgada leva-nos até ao céu, de azul vestido banha-nos o espírito que renascido torna-se leve, puro, angelical; provo-te num abraço molhado e sinto o teu amor doce e salgado, sedutor e colorido como um coral. Somos consumidos repentinamente por uma calma renovadora e quente que deixa paz, harmonia e conforto. Provas-me com o sorriso do olhar quando, serenamente te vens atracar nos meus braços, tornados teu porto.

Distância

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Maior que qualquer estrada, maior até que o mar, é a tristeza do olhar que não vê nada, da força dos braços sem abraçar… A inércia arrasta o pensamento, para as palavras, que os lábios jorraram, enquanto o olhar em descobrimento revê terras e encostas que corpos desbravaram! Mas é maior o espaço entre cada momento olhado, onde chovem saudades da intensidade do abraço, e da luta dos lábios no beijo molhado. É o não alcançar… É a lonjura, que aperta, como um garrote, o coração, asfixiando–o … Inundando-o de amargura, arrancando–o do peito sem compaixão. Maior do que a dor da carência, é a lembrança do toque,da fragrância; é o gelo do querer e contemplar a ausência, a ironia da proximidade na distância!

Manhã nublada

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  A ilha levantou-se da cama ensonada e correu para a varanda para ver o dia chegar, mas o dia vestia um calmo céu, que sem falar, contava que a manhã vinha nublada. Tentei rasgar algumas nuvens entristecidas pousadas no beiral da minha janela incentivando suas partidas para que deixassem a manhã mais bela. E num sopro de vontade e querer imaginei por entre nuvens ver um clarão, como na noite, se avista um farol. Querendo que meu rosto gelado fosse aquecido e iluminado por um cálido raio de sol.

Dias que eu morro

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Tenho dias que eu morro, que vou-me desfazendo por dentro e em mim mudam formas, e corro para longe do meu lamento… São dias que pretendo apagar, esquecer, que me fizeram sofrer,chorar… Tenho dias que morro que tento ressuscitar. E em mim mudam formas e trejeitos e meus olhos molhados e desfeitos alagam o chão das minhas pegadas… Tenho dias que morro(dolorosamente) por dentro desvaneço desapareço em lágrimas geladas…

Pés descalços

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A terra enche-me de inspiração emana-me força e poder povoa o meu coração de sentir puro e bem-querer. Meus pés descalços levam-me adiante eu sou natural, sou de barro, sou terra fecunda pedra preciosa, em bruto, qual diamante, e o cheiro fresco da terra me inunda… A terra enche-me de inspiração e dela absorvo a graça e a energia para continuar minha missão viver para amar, a cada dia!

Espaço meu

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    Por dentro suplico por calma por uma tranquila passagem onde todo o conteúdo da minha alma passe leve qual suave aragem. Por dentro suplico por calma na estrada da minha viagem! Não me sei encontrar em tumultos e perco-me em momentos vazios, tornam-se meus movimentos esguios deixando para trás ritos e cultos; quero um tempo purificador sem gritos,sem mentiras,nem sofrer no qual eu possa sentir o gosto do amor onde ele fale calmamente,para eu o perceber. Por dentro suplico por sossego para que minhas inquietações atraquem seguras. No papel derramo-me, junto-me em ideias futuras. Por dentro suplico por arrego não desejando mais horas escuras… Não me sei encontrar no desconforto, perco-me em lutas,que não minhas… Procuro um espaço meu,um calmo porto Traçado nestas palavras e nestas linhas. Por dentro suplico por calma

Olhar escuro

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Num olhar escuro encontrei o amor: era um olhar vazio que desejava, um olhar que já não sorria, pairava. Num olhar escuro sedento de carinho encontrei o meu norte , o meu caminho, minha abrigada e gelei de calor renasci no amor que me cobiçava. Num olhar escuro que deambulava encontrei o amor que procurava a ternura a paixão a real loucura. Num olhar escuro vivi a noite apaixonante soube o que era ser amante, predilecta procura incessante alma inquieta. Num olhar escuro vivi o dobro do que era. Fui sol de verão em plena primavera e fiz do frio do inverno o conforto morno; caí suave e calma como folhas de outono e adormeci em beijos adocicados que colhi…