Espinhos


Cada lágrima que escorreu pelo meu rosto

escureceu a luz do sol-posto

matou em mim um pouco do meu amor;

desabrigaram o meu bem-querer

nasceram em meu olhar por eu sofrer

salgaram o doce gosto com dor…

Rolaram caladas

doentes,geladas

desesperadamente silenciosas,

transformaram o meu íntimo mais profundo

no lugar mais inóspito deste mundo

engoli a seco espinhos de rosas…

Nasceram por me sentirem falecer

e enquanto me molhavam deixei de querer

existir,sentir,respirar…

Rolaram caladas

doentes,geladas

a soluçar…

Lágrimas de tristeza aliviam o sofrimento

mas são como ácido,que por dentro,

destrói tudo à sua passagem…

E desejamos não existir

deixar de querer sentir

Finarmo-nos como uma aragem…


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