Não há porta



Quando a morte nos visita

É então que a gente grita

Por nos arrependermos

Do tempo que perdemos

Com tanta coisa fútil

Com tanta luta inútil

De tudo o que não fazemos

E não vivemos,

E vamos morrendo engasgados,

Desgraçados,

com aquilo que queremos.

Quando a morte bate à porta

Percebemos que não há porta

Nem coisa viva ou morta

Que a possa impedir ou travar

e que por mais que a fintemos

Se nascemos então morremos…

Deixem-se de merdas. Vão amar!

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