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Sempre

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Sonhaste com a hora da minha chegada, Com o olhar que nos prendia; Sonhaste com o ruído da porta de entrada, Com o contemplar da tua alegria. Sonhaste com o abraço assassino de saudades, Com a intensa respiração de desejo; Sonhaste com todas as nossas vontades, Expressas nas salivas dos nossos beijos. Sonhaste com o meu aroma corporal, Que te tira do sério e te fascina, Sonhaste com a sobremesa carnal Confeccionada com teu pénis em minha vagina… Sonhaste possuir - me  como antes, Com a mesma força e o mesmo amor; Sonhaste que ainda éramos amantes, Desnudos, entregues, sem pudor! Sonhaste com meus gritos de prazer, Onde viajas loucamente e hibernas; Sonhaste que ainda me podes ter Fazendo escorrer teu sémen em minhas pernas… Sonhaste com a paz depois dos corpos em luta, Deitados nus, abraçados num olhar; Sonhaste com a voz que teu coração escuta, A voz da mulher, que sabes tão bem amar! Sonhaste ter - me mais uma vez em teu abraço, Para comprovares se o amor que sentias era real,

Deixa a vida viver

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Deixa a noite te envolver; Deixa a vida ganhar cor; Sente a força do mar percorrer Todas as formas de fazer amor. Deixa a estrela cadente voar. Entrega-lhe o teu sonho em pedido; Deseja intensamente o forte abraçar, Do distante desconhecido… Deixa cada onda agitada Penetrar – te como anéis de Saturno, Sacia tua vida em pequenos nada, Transforma – te em faminto nocturno. Deixa a vida viver… bem viva. Grita ao mar; prende – te à areia; Empenha toda a tua saliva, Como se agarrasses toda a luz da lua cheia . Deixa a tristeza partir destruída, Deixa a alegria te destilar em alambique; Degusta intensamente o sabor da vida Como às iguarias de um piquenique.

A praia

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A praia traz – me mãos dadas Traz - me sorrisos Abraços Pegadas. Traz – me olhares Luar Traz – me promessas O mar… Traz – me momentos Desejos Juramentos Os beijos. A praia traz – me a madrugada O horizonte distante A caminhada O amante! A praia traz – me areia A música da voz A alma cheia Nós… A praia traz – me o vento A lágrima salgada O sentimento A face gelada. A praia traz – me o frio As lembranças O rodopio Das nossas danças. A praia traz – me o cheiro O toque das peles macias O amor verdadeiro As alegrias. A praia traz – me quem se foi… A dor Como dói Tudo… sem ti, amor… A praia traz – me teu rosto O bater do coração O sol-posto A minha solidão…

Madrugada

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Regressei a casa de pés no chão, sentindo nos pés o frio da madrugada, trazendo tudo da minha vida,no coração gelado pela força da brisa da geada. Entrei devagar no palácio sombrio, abri – lhe a porta como quem não quer entrar, arrastando a dor que me gelava,como o frio dos pólos do ter de partir querendo ficar. Caminhei em silêncio em cada passo, deixando pegadas de passados e de sorrisos. Despi do corpo a roupa em compasso mantendo apenas a pele e os cabelos lisos. Subi a escada ,quase sem respirar pois me impregnava o cansaço e a dor, da tristeza e da força do amar e a constância das forças do rio do teu suor. Abri lentamente a janela do meu espaço... Uma brisa revoltada agrediu me com o cortinado, e brevemente transportou – me para dentro do abraço que inesquecivelmente repousou a meu lado. Instantaneamente saltaram aguçadas lágrimas de desgosto, fazendo lembrar as palavras do olhar e dos corpos,o envolver, caíram vertigi

Ainda estou aqui… em ti

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Ainda estou aqui a olhar por ti, a dar – te tudo de mim, a viver com o teu sorriso a ver em ti o paraíso, a pousar em teu jardim. Ainda estou por perto… Sendo tua água no deserto, a dar – te a sombra no calor. A viver com tua alegria, a ver em ti  magia, a mergulhar – te no meu amor. Ainda estou aqui ,sedenta do teu mimo que me alimenta, a dar – me por inteiro. A viver constantemente com tua presença tão ausente, sendo meu ar o teu cheiro.

Sabes amor

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Sabes o sabor da minha boca; Da minha língua, sabes os desvarios; Sabes o toque e o tamanho da minha roupa, do meu corpo, sabes todos os arrepios… Sabes o veludo da pele, do corpo meu; Da minha anca, sabes o agitar; Sabes que em minhas curvas visitas o céu; Das minhas mãos não te queres soltar. Sabes que o meu pensamento te pertence; Do meu corpo, sabes o prazer… Sabes que o amor que me tens te vence, da minha vida não te queres perder. Sabes da minha voz a calma imensa, Da minha palavra, sabes o conforto; Sabes que somos um do outro, pertença... Do teu barco sou o teu porto… Sabes o cheiro do meu cabelo fino; Do meu olhar, sabes as histórias e os receios; Sabes o medo que tens do destino, te privar do adormecer em meus seios!

Sê feliz

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Deixar-te partir é como jogar fora os segundo que te dediquei, os beijos que dei, as carícias que provei. Deixar - te partir é rejeitar os segundos que virão, é não sentir mais o toque da tua mão, é viver a vida sem verão! Deixar  - te partir é dar - te liberdade, é mudar o rumo da vontade, é negar a minha verdade! Deixar - te partir é minha penitência, é aumentar  a minha carência,  é mostrar toda a minha benevolência. Deixar - te partir é chorar calada, é como ser uma vela apagada, é como ser flor arrancada. Deixar - te partir é fazer o que jamais quis, é contrariar o que o coração diz, é gritar tão alto : Vai! Vai, mas sê feliz!

Veneno

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Entraste em mim,para provar do meu amor, criando em mim um feto de esperança, e agora partes,arrancando–te à força…e deixas dor, e o meu mundo estagnou no tempo, j á não avança! Entraste em mim,para saciares tua sede de felicidade! Alimentaste–te, renovando tuas forças,no meu mel, e agora,na hora de amares,com toda a intensidade deixas meu mundo,poluído de veneno com intenso sabor a fel. Entraste em mim,me encantando e iludindo… Criando em mim um espaço de harmonia e mistério, e agora partes vitorioso,indiferente e sorrindo, deixas meu coração cheio de sepulturas, qual cemitério…

Para quê?

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Amar para quê? Me pergunto vezes tantas… Se amar magoa, destrói, tr az amargura… Nos lábios a devastação… a secura, a dor presa nas gargantas! Quem inventou tal sentimento não teve a oportunidade,afinal de ver como o amor nos causa mal é mais que morte,é um tormento! E a caminho da morte,compadecida, fica a sofrer a pobre vida, solitária … dolorida… viúva… Por lhe terem prometido amor, deixando tristeza e dor que a seus olhos sempre tr az chuva…

Eu sou a noite

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A noite traz–te e leva–te… Ficas e vais… Entras e sais… Foges e chegas… A noite dá–te e tira–te… Confraternizas e brigas… Beija-te e morde–te… Choras e ris! A noite prende – te e solta – te… Rasga-te   e junta-te… Ama-te e odeia-te… Abraça–te e empurra-te! A noite acha – te e perde – te… Olha–te e cega–te… Come–te e regurgita–te… Mata–te e ressuscita–te…. Socorro! Ajuda–me! Eu sou a noite!

Varanda

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Da varanda vejo a lua, ouço o mar que está revolto, está tão vazia a minha rua só a enfeita meu cabelo solto. Da varanda saio em viagem, percorro longos trilhos onde passei e encontro realidades em minha passagem, dos corações que já amei. Da varanda não atinjo as paisagens que procuro e olhando o horizonte finjo acreditar que existe futuro. Da varanda contemplo a noite amena onde aromas da noite me recordam o que vivi. Aqui ficarei ansiosamente serena aguardando, como outrora, por ti…

Castelo desfeito

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Era nublada a manhã que nascia. Cantavam-me pássaros à janela. Mas em mim, minha alma, não via a alegria que sonhei e era bela! Apedrejada por pensamentos deprimidos, acordei, como se um terramoto me demolisse. Assustavam – me meus gritos contidos… Pena foi , não haver quem os ouvisse! Ergui-me em sobressalto do leito oco, esperançada que fosse um pesadelo afinal… Mas não! Eu fui percebendo pouco a pouco, que não era ilusão. Era Real! Havia se desmoronado o castelo que construí, Erguido com sonhos, meu amor e muito jeito. Lamento – me agora, em dor, pois percebi que a minha vida, esse castelo, está desfeito!

Gravado em mim

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Vejo um olhar e é o teu! Vejo o luar e sei – te meu! Vejo a chuva a cair e és o abrigo! Vejo um sorrir fico contigo! Vejo o sol brilhar e é teu calor! Vejo as ondas do mar é o teu amor! Vejo a melodia e é tua voz! Vejo alegria e somos a sós! Vejo a madrugada e é teu encanto! Vejo a geada e és quem amo tanto! Vejo uma flor e és jardim! Vejo – te amor gravado em mim!

Minha alma (tua)

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O dia que me olhaste Não olhaste meus olhos, Olhaste meu eu… O dia que te mostraste Não mostraste teu ser, Mostraste – me o céu… O dia que me tocaste Não tocaste minha pele, Tocaste minha essência… O dia que me faltaste Não aumentaste meu orgulho, Aumentaste minha carência… O dia que me beijaste Não beijaste minha boca, Beijaste meu sentimento… O dia que me abraçaste Não abraçaste meu peito, Abraçaste – me por dentro… O dia que sofreste Não sofreste sozinho, Sofreste e eu por ti… O dia que me perdeste Não perdeste o teu caminho, Perdeste tudo o que perdi… O dia que te declaraste Não declaraste teu desejo, Declaraste em mim a calma… O dia que me amaste Não amaste meu corpo, Amaste a minha alma…

Carta de despedida

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Estou de partida! Novamente; é minha vida! Levo nas mãos calejadas tantas águas passadas! Levo no meu peito, o orgulho desfeito! Nos ombros meus, o peso do adeus! Dentro da mala a voz que já não fala! De rumo ao berço quase desvaneço! Estou de partida; engolindo a lágrima da ferida! Levo o peso da solidão e a urna do coração! Levo   em mim tudo o que sei, levo os que amo e os que amei! Aos ombros grosseiros carregos os herdeiros! Dentro da mala uma dor que me estala! Sem norte nem rumo desfaço – me como fumo! Estou de partida voltando ainda mais corroída! Levo sonhos sem validade arruinados pela saudade! Levo nos olhos olhares, sorrisos, abraços, lugares! Sobre os ombros edificações e escombros! Dentro da mala ,vão partidos ossos, dor ,tristeza e os meus destroços! Extraviada parto em fracasso, levando o cheiro, o beijo, o abraço! Estou de partida, não vendo ninguém na saída! Levo algo que nunca pud

Velhice

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Sou um livro quase escrito em papel de experiência. Sou um poço infinito entre a gratidão e a carência! Sou de vida , uma história, gravada em mar de lembrança. Sou mais valia, sou a memória, de novo, sou uma criança! Sou um todo neste mundo, que ainda tudo , não disse. Sou o inicio de um amor profundo, a lembrança da tua velhice! Sou ruga do tempo que passou, que permanece no presente. Sou o futuro que sonho… aqui estou! Vivo! Idoso! Mas gente!

Tolo!Tolo!Mil vezes tolo!

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Quando nasceste alguém te disse, que amar intensamente era tolice? Se o fizeram,foram bocas malfazejas, que não foram felizes e não querem que tu sejas! Quando partes com o coração dilacerado, de gritares que me amas, mas não dormes a meu lado, dói - te a alma , que revoltada, te morre em segredo... tudo fruto de uma caminhada feita de fraqueza e de medo! Quando nasceste, por acaso, vinhas fadado a viver  de aparências , tão infeliz e acorrentado? Se assim te deixas viver em perfeito dolo, é porque és tolo! Tolo! Mil vezes tolo!

Louca

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Sou louca! É o amor! Sou louca! É a alegria! Sou louca! Recuso a dor! Quero continuar louca a cada dia! Sou louca! Sinto a vida! Sou louca! Pois, quero viver! Sou louca! Perdida! Quero ser louca até morrer! Sou louca! Sorrio!   Sou louca! É de sonhar! Sou louca! É o cio! Quero ser louca e amar! Sou louca! Sou! Então? Sou louca! Quero o céu! Sou louca, na alma, no coração! Quero sempre ser louca, para ser eu!

Uma árvore qualquer

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Nasci como nasce uma árvore qualquer, mas em torneada silhueta de mulher, onde o vento brinca, entre a anca e os seios! Minha folhagem tem o mistério das cavernas; possuem a força dos troncos, as minhas pernas, e os meus ramos, são de ninhos de sonhos, tão cheios. Vou – me desfolhando, como se Outono fosse… em cada folha, deposito a minha parte mais doce, deixando em cada campo um rasto da minha raiz. Sigo, adiante numa busca incessante e dolorosa, buscando uma alma que me seja honrosa, que não me traia, me regue e me faça feliz! Nasci uma árvore carregada de sensibilidade, onde as palavras, tanto me prendem como dão liberdade, resultando da minha vida um poema, como fruto! Sou uma árvore transformada em folhas de papel desnudo; escrevo –me!Escrevo nestas vazias folhas de papel,tudo o que me ressuscita; o que me mata; o que me traz luto… Na minha copa sobrevoam pássaros em corrupio, saciando a sede nas minhas lágrimas, que formam rio

Assassinada

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Eu ainda não sei Se foste um caso ou o acaso, Se foste o mar ou o amar, Se foste um deus ou o adeus… Eu ainda não sei se foste fera ou esfera, se foste ouro ou tesouro, se foste canto ou desencanto… Sei ainda, que dentro de mim, és   o aroma do jardim que me transporta! Sei que eras a vida que procurava, o futuro que desejava, eras o não me sentir mais morta… Eu ainda não sei se foste felicidade ou infelicidade, se foste feito os desfeito, se foste arma ou carma… Eu ainda não sei se foste humano ou desumano, se foste linho ou desalinho, se foste água ou mágoa … Sei ainda que dentro do meu ser uma parte quer – te querer, sem se importar com nada… Sei ainda ouvir gritos marcantes, me alertando, para que fuja antes, do que pelo que és, seja assassinada…