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Viagem ao centro da alma

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  Apanhados sem saber, sem tão pouco perceber quando fomos embarcados… Quando demos conta, já íamos a caminho, por estradas de entrega e de carinho, carentes…   juntos felizes e apaixonados. Paramos em várias estações, obrigados pelas indecisões e por saltimbancos deprimentes, mas reiniciamos com mais força e vontade, certos da nossa verdade e dos nossos sentimentos. O mundo gira e voa o pensamento; sabemos que agarramos cada momento com ambas as mãos e com vigor, pois cada contratempo no trajecto , só nos mostra que estamos sempre perto lutando pela vida deste amor! E visitamos com delicadeza e calma o centro do nosso ser ,da nossa alma, Entrando pelo acesso mais invulgar; quando abraçados somos corpo ausente, que serve apenas, para deixar que invada a mente a força que nos une   … incomparável força do olhar.

Metade de mim…

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Já sem a luz das velas aromáticas, apenas com o eco das palavras ditas, regressaram ao meu lar vazio, as lágrimas azedas, constantes … malditas… Juntei – lhes sabão e fiz espuma e com elas lavei, por tino, as louças, e através da janela só havia uma bruma Que rindo, cruel, me levava as forças… Guardei no armário do meu peito os talheres, junto aos momentos vividos, e regressei às imagens do teu deleite entre as iguarias e os abraços servidos. E a cada passo, nesta viagem , mais me desfazia, mais ficava degradada, pois eu fui animal selvagem, presa perseguida em bárbara caçada. Fui todo o dia lume e calor; dei – me inteira do inicio ao fim; investi todos os meus ingredientes de amor, mas fiquei apenas mais despida … metade de mim… O dia avisou – me que a noite partia… As horas haviam passado caladas… Regressei quieta para a cama vazia ouvindo partir, teus passos nas escadas… Pela janela, vejo o dia nascer, morrendo por não

Meu corpo

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Meu corpo está ainda como o deixaste , despido de tecidos mas coberto das mãos tuas; deitado na nossa cama onde me amaste, ardendo de prazer, queimando as peles nuas. Meu corpo é teu terreno húmido e fecundo onde semeias o teu corpo suavemente, deixando tuas sementes no meu eu mais fundo que germinam em mim, ninho seguro e quente… Meu corpo é teu divã relaxante depois do auge da entrega carnal e do prazer, onde ficamos entregues a cada instante abraçados sem força que nos possa desprender! Meu corpo é teu refúgio, é teu abrigo, parte de mim, tua pertença, tua mina, onde entras para fazer amor … comigo e seres feliz como ninguém te imagina… Meu corpo completa o teu corpo, que sedento procura em meus olhos a firmeza de te esperar e querer a cada momento amenizando tuas dúvidas e momentos de tristeza . Meu corpo é só de mim um pedaço, todo o resto que tu amas é alma e coração, e toda eu ouço o teu grito no teu abraço me pedindo : “ Não

Gélidas gotas

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Chove agora tanto em mim que me sinto encharcada, são gélidas gotas de tristeza de vazio carregadas; sinto- me só numa rua, onde não encontro a saída e sou de novo menina forte e com garra abandonada nesta vida...

Espelho

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Em frente ao espelho rasgas sonhos ; Olhas palavras de mel e beijos de lume; Desmaquilhas os olhos risonhos; Quebras promessas e paladares de ciúme. Despes das vestes a vontade, dos cabelos desprendes a magia e regas todo o teu ser com saudade, afogas em lágrimas sangrentas, tua agonia. Vês que foste viagem e aventura, fonte de luxúria, parque de diversões, cavalo de apostas e loucura, depósito de mentiras e ilusões. Assumes ter sido carne saciando prazer, desfeita em sumo de uma qualquer fruta ; Olhas o espelho, que te mostra teu doer por não seres amada como mulher mas como puta. 

Lembranças

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Nas almofadas e nos lençóis da minha cama, ainda posso encontrar teu doce cheiro, que se passeia por entre as gotas de suor do teu corpo em chama e os fios do meu cabelo que tua mão penteia… Ainda ouço as risadas e as alegres picardias que provocamos para ver sorrir e atiçar ; ouço nas horas de solidão as alegrias e a força dos olhos entregues a se abraçar. Leva - me longe meu pensamento infinito; busca – te nas memórias que a vida escreveu, e só, sufocada pela dor do meu grito, sou a lembrança de alguém que me teve e me perdeu.

O sabor da pele

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Doce como o açúcar torrado, quente leite-creme adocicado é a pele do corpo que me abraça. Vicia no gosto, satisfaz a fome enquanto devagar me consome, embriaga - me como cachaça… Tem sabor das flores de Agosto; é inesquecível a cor do gosto; prende - me na boca, p’ra que eu me revele, sacia meu incontrolável apetite, numa   viagem de língua sem limite navegando em meus lábios o sabor da sua pele.

Amor contigo

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Sem fórmula; sem definido padrão deixamos correr o amor no coração. Inundados por olhares e ternuras fomos levados por tão sãs loucuras… Entre braços, pernas e bocas vivemos cenas impensáveis e loucas; misturamos sem fim nossas limitações, fizemos um de nossos dois corações, Que batem sintonizados , desenfreados, numa única respiração; dizendo baixo ao ouvido qual o sentido qual a direcção; Que longe do teu regaço eu sou poeira no espaço correndo gelada , do perigo, e grito alto sem constrangimento que tu és meu alimento e preciso amor contigo.

Noite de dia de chuva

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Caí num solitário momento onde ouvi a chuva reler palavras em mim, e saiu do meu eu um rebento de rosas decorando um morto jardim. Parei a ouvir a voz de ninguém; só soluços e lágrimas de aço, frias, maldosas, ricas em desdém caindo em sequência, sobre meu braço. Teimosa a chuva continua lá fora caindo agitada, lavando a rua, apaga a esperança que persistiu a cada hora de enxergar um rosto nas caras da lua… Caí num momento, sem nada onde o pensamento cansado da espera pensou, que esperar a chuva que jamais pára é como esperar alguém que nos deixou. Virada para dentro, vi um vazio que apenas eu tentava preencher com flores, alegria e brio e a mágica força de viver. Que chova então, tudo em mim para que com meu rosto encharcado deste chover, eu possa tão triste, lamentar o meu fim, chorando compulsivamente ,sem ninguém ver.

Abraço teu

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Quando por teus braços sou engolida sou inundada por fresco e puro ar, ganha um novo sentido a minha vida sou de novo tulipa a desabrochar. Contemplar - me no reflexo desse olhar, ver – me estrela rara e cintilante, impulsiona - me para um recomeçar cheia de garra, de cicatrizes, mas confiante. Engolida por teus braços só sinto, que a entrega é genuína e sincera, e por ela deixei minha razão , segui meu instinto para abraçar   fortemente quem ansioso me espera.

Ouve…

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  Nem medos, nem dúvidas, nem mentiras, nem dificuldades, me farão desviar meu rumo, mudar minhas lutas, apagar minhas convicções. É que sou feita de sentimento que nasce no meu fundo e profundo lá dentro, decorando- me toda, guiando minha vida e minha vontade. Sou feita de emoções e vibrações, sentimentos e alegria e o amor é a minha verdade!

A tua sede

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  Sequioso do meu gosto e dos meus seios copiosos , amparas com tuas mãos o meu rosto, abraças – me   para sentires   todos meus ossos; tornas–te meu   sol de Agosto queimando louco,os corpos nossos. Sem pressas   desnudas meu corpo inteiro, gravas em mim juras de amor, e já ardendo como braseiro amas- me sem nenhum pudor; e fazes de meus seios travesseiro onde repousas   e és rei e senhor. E da leve carícia, pois que te faça, desperto   em ti tua vontade e novamente teu corpo me abraça… Voltamos a ser   os dois intimidade, tornando a noite, que por nós passa apenas o inicio da eternidade.

Beijada pelo sol

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  Hoje desafiei o sol que brilhava no céu, convidei - o a beijar – me a pele clara de inverno, penetrou – me inteira, como quando és meu e te entregas nos meus braços, num apertar eterno! Depois de chegar radiante, o sol do meu dia, caminhando cuidadoso em minha direcção, inundou – me o olhar de sal e alegria, aqueceu - me o sangue; ressuscitou - me o coração… … e beijou – me diante do mar e da multidão deixando no meu rosto o rasto de amor, mostrando que sou eu a dona do seu coração, que sou eu quem lhe causa excitação e fervor… Sentou - se calmamente a meu lado, como se fosse um cavalheiro das histórias encantadas, e me olhando firmemente com seu olhar parado, Apertou - me meigamente as minhas mãos, nas suas depositadas.

Jamais foi meu

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  Eu tenho guardado em mim o segredo dos projectos da minha vida atribulada, onde muitos dias eu sou arvoredo noutros solo árido sem nada. Eu tenho lutado em batalhas interiores, escondida em sorrisos e gestos carinhosos, de onde regresso cheia de feridas e de dores vendo partir seres vazios vitoriosos. Eu tenho tentado arrancar de mim os desejos; apagar as lembranças e a vontade, suspender do mau paladar o gosto dos beijos, negando muitas vezes não ver a verdade… Eu tenho tentado não ver, me iludindo, sabendo muito bem deste filme qual o fim! Cada dia que chegas é como se tivesses partindo pois jamais serei tanto para ti quanto foste p’ra mim. Eu tenho contado a mim mesma mentiras no escuro, pois a estrada que me mostraste, terminará em breve, onde eu serei um passado sem futuro lavando meu rosto triste com derretida neve… Eu tenho calada, gritado como lamento (sem direcção meu olhar já se perdeu). Tento aniquilar o que me

Matei um amor

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  Hoje matei um amor que se abrigava em mim, sufoquei a sua dor, matei - me , foi meu fim… Hoje matei uma esperança, minha candeia, minha chama; sepultei – a calma e mansa e bem funda na lama… Hoje matei um habitante que povoava minhas entranhas; seu velório foi constante… Caíam gotas estranhas… Hoje matei um sorriso, esfaqueei-o sem piedade, tornei meu rosto liso sem alegria , sem vaidade… Hoje metei – me (ser bruto), sacudi meus membros, libertei - me ! Vivo no escuro, num luto, Tirei – te de mim… matei – me…

Quente vermelho

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Queria tanto dar dentadinhas na lua como faço nas bochechas da cara tua; queria tanto sentir o aroma de cada flor como faço com o cheiro do teu amor; queria tanto nas costas de uma águia voar como faço quando flutuo ao te amar; queria tanto ser uma chama infinita como sou quando teu corpo me grita; queria tanto ser o mar da tua vida povoado por baleias... Queria mesmo, era na verdade, ser o quente vermelho sangue percorrendo tuas veias!

Não posso...

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Eu não posso sentir nada; eu não posso tão pouco gritar, deixar falar esta voz que me grita cá dentro; eu não posso dizer nem medir o tamanho deste sentimento, deste querer, desta necessidade; não posso apregoar esta minha verdade cheia de vida e vontade; eu não posso ser nada, tenho de sufocar- me, ficar quieta e calada; eu não tenho o direito de perguntar nem esperar respostas; só posso guardar para mim este amor grandioso e forte, cheio de bem-querer e alegria, que nasceu em mim por magia; eu não o posso apagar nem esquecer por mais que tente; posso apenas ficar ausente e só, tentando mostrar não mais existir e querer, mentindo -me dolorosamente e sem dó, mentindo convictamente que consigo te esquecer, mesmo que por dentro, em mim, vivas constantemente a renascer!

Velho sonho

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Ai se eu pudesse correr p’los campos das artérias, tornada sangue quente e galopante, regando flores, nos olhos das primaveras, dos seres que morrem vivos a cada instante; para tornar lágrimas, que de veneno, são feitas em sementes germinando em fértil terra, sepultando ruim ganância, que rega com enganos os corações gélidos destes humanos, que matam o amor e renascem com a guerra! Ai se eu pudesse, abraçar todo aquele que se nega entender que a vida sua é pedra viva e valiosa, e ao caminhar a desfolha e a degrada; fazer sentir que todos somos detentores da luz da lua, iluminados, qual rara rosa em florida sacada! Ai se eu pudesse, degustar um verso e beber poesia, devagar e leve o seu sabor; concretizava meu velho sonho de provar alegria, digerindo com as entranhas da alma, em movimentos leves de calma todo o paladar do amor!

Incerto

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Assombram - nos  dúvidas e incertezas neste caminho que vamos diariamente trilhando; enfrentamos desafios, uns com fabulosas destrezas, outros porém, vamos falhando. Mas sabemos que erramos, após termos tentado, pois, só assim sabemos o errado do certo distinguir; só sendo válida, como experiência, o que é experimentado e caso, seja errado, saberemos como não repetir! É estranho mas é incerto então saber se realmente o amanhã irá existir; se o sol voltará a nascer; se no jardim, alguma flor irá florir! Teremos um ombro onde repousar? Ou o amor que se declara é um erro mortal? Quem nos poderá auxiliar? Tudo é incerto afinal… Caminhemos firmes e adiante, uns certos do incerto, outros com a incerteza do que é certo, deixando o amor tão distante, afastando, o que se desejava que ficasse tão perto… Se um dia o amor, rodeado de culpa e saudade, vier certo de querer me encontrar, hei - de estar ,certamente olhando, como sempre

Manjar

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Feito de pequenas dentadas em cerejas e ácido ananás adocicado, é o sabor da tua boca, quando me beijas e me adoças num abraço açucarado. Pelos lábios, escorrendo, tornado doce o meu coração, que ferve quente, de louco bate, como se um chá de jasmim,eu fosse, derreto - me em teu corpo, qual chocolate. Em brasas já nossas carnes se entregam, num manjar confeccionado em lume brando, onde os ingredientes do amor, não negam que o fogo deste amor vai aumentando… E do nada onde nasceu é já magnificente, feito de verdades e de entrega pura; fervilha tornando os corações da gente dois sóbrios esfaimados dessa loucura. Degustado simplesmente, sem talher, partilhamos o intenso sabor de corpos de coco, enquanto ao ouvido sussurras baixinho: “ Mulher… Tu em mim...deixas – me louco…"

Razão

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Sol. Porquê? Se a luz dos teus olhos não me vê! Sorrisos. Quantos? Se meus lábios só se alegram com teus beijos santos! Alegria. Por quem? Se a alegria da minha vida hoje não vem! Para quê arco-íris e cor? Se não sinto a meu lado a presença do teu amor! Alimentos. Qual o interesse? Só se ao menos a minha boca, na tua bebesse! Esperança? Esta sim! De te ver hoje, quando o dia chegar ao fim!

Cada dia

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Cada dia que vivo contigo no nosso recanto, no nosso abrigo, trás – me a certeza do nosso amor; A meiguice no olhar, o toque suave no abraçar, a intimidade nua de pudor! Pode o dia nascer da bruma, envolto em sol ou em espuma, tudo é mágico e especial; desde o pássaro que canta de alegria, ao alimento que nos sacia ou ao simples “bom dia” matinal… Fazemos um festim da natureza, onde as lagoas repousam com a certeza da imensidão deste sentir, que nos faz voltar ao doce envolver, devolvendo a calma e a alegria de viver e a riqueza de contemplar nossos lábios a sorrir. Cada dia que vivo para ti sentindo – te viver aqui, dentro de mim aconchegado, é conseguir ser mulher, em todo o seu esplendor, e usufruir da vida do teu amor que faz de ti o homem mais apaixonado!

Palácio

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  Aceito; Quero te dizer que preciso de ti Para viver; É sonho, é circo em festa, não por seres o que resta. Enquanto sentido; aberto; É a força de te querer, perto… Rouba, leva, que me esguio, na sombra, na calma, no frio… Hora batida, badalada, sinal; Mesa posta, vela derretida, cristal. Dedo pequeno, sombra apagada, susto constante; Riso solto, embrulho rasgado, instante. Coral florido, peito rasgado, crustáceo; Amor definido, louco… apaixonado… Palácio…

A música dos nossos corpos

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Fez-se luz no palco do nosso amor! Tudo ao redor ganhou cor; o coração estava pronto para as batidas. Devagar foi surgindo … docemente se repetindo, enquanto tu me despias… Das poucas peças que já trazia, nenhuma delas, tu querias… Desejavas todas as minhas teclas contemplar, como se eu fosse um piano afinado produzindo sons num ambiente criado, por desejos a dançar! Tecla a tecla … me  percorreste… dedilhando cada poro meu agreste, numa busca silenciosa, onde eu fui despojada dos meus espinhos pela foice dos teus carinhos, sobrando só em mim pétalas de rosa. Juntos se unindo, como em fusão, tal como acordes de uma canção criamos melodias de beijos e risadas… Fizemos dos corpos instrumentos, gritamos em sintonia os sentimentos sem soltar as mãos apertadas. Repetimos melodias só para nós; isolados do mundo, num mundo nosso inesquecível e singular… Deixando nos nossos corpos a vontade de que esta música tenha continuidad

Amargo sabor

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  Como eu queria ter morrido fulminante naquele momento… Levaria tudo que havia vivido, terminava meu sofrimento. Ah! Como eu queria ter morrido, pouco antes do bater daquela porta… Agora vivo, sabendo o que foi ter vivido e viverei por ai tão morta… Como eu queria ter morrido, sem ouvir o partir do meu coração em estilhaços… Tomara, eu nunca tivesse sentido a força e o intenso aconchego dos teus braços. Morrer… como eu queria, sem provar o amargo sabor do adeus… Partes triste minha alegria, levas–me nos olhos, que deixas nos meus.