Ao meu filho
No canto do quarto lá está, o berço castanho de madeira, e nele repousa o amor que em mim há, a dedicação, a loucura, a força inteira. Sonha talvez com estrelas e brinquedos. Faz me imaginar o futuro que espreita e se esguia para meus braços, apertando seus medos, da noite que o aterroriza; em minha calma se deita… E aqueles que não abriram seu ser e seu ventre, para dar vida e ser parte do mundo cá de fora, tentam roubar um segundo de vida inocente. Jamais! Dói demais ter de vê – lo um dia ir embora… É de todos os sonhos, o mais real, o ar do meu dia, que enche meu pulmão. É a graça de Deus mais querida e divinal, que preenche a falta que há em meu coração! Amo te acima da luz e da lua, encaro Satanás para ver – te a meu lado… A alma de mãe, desta mãe tua só tem olhos para ti, meu filho adorado. Enquanto dormes no canto do quarto viajo numa busca em corda pendente, e entre lágrimas regresso e parto, fazendo de tudo, para sempre ter – te, meu descendente. Procuro então uma razão para