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Mar de memórias

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Hoje novamente, me encontrei sem direcção; dirigi sem rumo, até mesmo sem pensar, fui na busca de um caminho, que nós ainda não tivéssemos andado a percorrer e a desbravar. Só ouvia, constantemente o teu chamar, deixando minha mente de lembranças tão cheia! A dança sincronizada das ondas do mar… O borbulhar do sil êncio nos grãos de areia… E alimento compulsivamente, a esperança minha, mantendo desta forma vivo o amor que me surgiu inesperado na vida, e se aninha, trazendo vida nova, alegria, mas também dor! Dor porque a ausência não se contorna. Quem amamos povoa-nos todo o ser… Mas o coração é exigente, não se conforma; os olhos têm de sentir, as mãos têm de ver! Chorei! Chorei! Aumentei as águas… Deixei – me levar nas ondas, para atingir a calma… Aliviei um pouco essas minhas mágoas, sosseguei um pouco a minha alma. Sei que ainda me restam as memórias e as fotografias que te tirei com o olhar; ainda poderei ler ao espelho,

Esse doer no coração

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À tua espera e esquecida de mim, tem sido minha vida… … tenho vivido assim! Entre lembranças e saudades tantas vezes adormeci, cansada do cair da lágrima, me sentindo abraçada a ti… Procuro um sinal teu! Um cruzar do olhar antigo; o teu abraço… e o beijo… o meu porto de abrigo… Eu tento… fugir… até tento não lembrar; mas tua imagem vive a surgir, volta em mim, sempre, ao acordar… Desejo não mais respirar! Queria ser cinzas de uma lembrança , no mundo… é que quando respiro, não pára de gritar esse doer no coração… tão fundo…

Tu

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  Tu, não és uma pedra dura, nem feito és do mais frio gelo, apenas escondes teus sonhos e tua ternura pintando na tua vida um pesadelo… Tu, não és de maldade tecido! Eu vejo no teu olhar esconderijos de papel, onde teimas ficar escondido, limpando as gotas, que te escorrem, de mel. Tu não és uma alma vazia que caminhe adiante sem olhar. Apenas temes o amor e a alegria, assim… desistes de lutar… Tu não és um ser insensato achas   só ,que tua vida não vale nada, e então anulas – te , és ingrato, deixas tão vazia a tua estrada… Tu não sonhas com receio e se sonhas não te aventuras, deixas teus projectos ficar a meio desfrutas   sozinho   tuas amarguras… Tu não vives! Vais vivendo! Acomodas – te na tua tradicional teia, não te apercebes que vais morrendo de cabeça soterrada na areia … Tu , esqueceste de seguir , sem temer, sem largar a mão de quem dizias amar tanto, e agora passas teus dias a ver morrer o amor , sem forma de renascer… em pranto… Tu não entendes que amor não se pla

Jardim inteiro

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Passaste suave num jardim onde sentiste meu perfume no ar, e desde então que sou assim, como se fosse o teu respirar. Sou a tua rosa em botão, que se alimenta no teu abraço, perfumo–te a vida,o coração, embelezo   teu regaço. Regas–me com beijos e guarida, misturando com o meu, o teu cheiro, colhes com jeito minha pétala caída, regas de amor meu jardim inteiro. Cuidas de mim,és sol e rega, és chama ardente do meu lume; és todo corpo em entrega, o louco aroma do meu perfume.

Menina Poesia

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Do cheiro da terra colhi a inquietante inspiração, a intensidade   das palavras, é fruto   da maresia; junto – as assim, perfeitas, neste meu coração, carregado de sensibilidade e terna poesia. Nasci cedo, no mês das mais belas flores, sou toda Maio, sou um pássaro, sou andor; sou as verdes lagoas das ilhas dos Açores compondo e declamando   poemas de amor! Em minha Angra atracam pensamentos, trazidos em botes baleeiros de sentimentos, resgatados na linha do horizonte,tão fina… Nasci, minha querida mãe! Desejada e forte, lutando, construindo pilares sólidos p’rá sorte, sendo sempre eu, em versos, mãe. Eu! A tua menina.

Dança das línguas

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A minha língua era como terra de ninguém, deixada por cultivar e ao abandono, povoada por corvos em harém, em queda,como as folhas no Outono! A tua língua,trazia o gosto da resiliência, trazia papilas,em séquito degradado, que procuravam uma razão de existência, ansiando uma terra,onde ser arado. Juntas,entre bocas que as ostentam, tanto saem agitadas,como entram, mostrando,do amor,toda a pujança; Procurando na húmida boca desejada a tão almejada porta de entrada, onde as línguas se entregam em dança!

Eu contei…

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  Eu contei a toda a gente sobre o amor que a gente sente, dos olhares, dos sorrisos, dos desejos. Eu contei da nossa paixão, do toque da tua mão, do veludo dos teus beijos. Eu contei que fazes – me feliz; que és alguém que sempre quis, quem me conforta na dor; contei que contigo o tempo pára; que a teu lado sou jóia rara; contei que és o meu amor! Eu contei que alegria és, que me iluminas da cabeça aos pés, quando meus cabelos acaricias. contei que com o abraço nosso ou com o teu beijo no meu pescoço, Toda eu, tu arrepias… Contei que mesmo longe, estamos perto; que és a certeza no incerto; que sou o nome por qual chamas. Contei que teus olhos ao verem – me chegar, sorriem e brilham sem parar, pois, sou a mulher que tu amas!

Aroma

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A intensidade de um olhar, levou – te a buscar – me na distância, correndo por instinto… sem pensar, ansiando inalar minha fragrância… Uma vez impregnada em tua tez fui como um vício imparável, que buscavas em cada nova vez repleto de uma sede insaciável. E na humidade quente da boca tua a minha, já sedenta e seca de excitação, pedia – te calada que me deixasses... nua que libertasses teu corpo em erecção… Em silêncio os corpos falaram... gemendo… Entregues… distantes… suados, livres de olhares, aparências e querendo eternamente ficar encaixados... Uma vez entregue, em teus braços resistentes e na totalidade de teus músculos possantes, meus seios foram fonte de água… quentes… Minha anca oceano de movimentos incessantes… E se foi sexo… amor…entusiasmo, carência… paixão ou desatino… Sei lá… ainda sinto a intensidade do teu orgasmo despertando meu aroma natural feminino!

Soneto Verdade

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  A alma também envelhece à medida que o tempo corre, a   força diminui, o corpo morre, só a memória não esquece! Os dias contados tornam – se meses; os meses traduzem – se em anos; e   apercebemo – nos que somos humanos, e erramos tantas vezes… Embora haja quem diga ser pecado amar intensamente e ser amado, caso pudesse ,não corrigia minha imprudência… Pois o amor teu, foi a luz do meu dia… A razão de vida, a minha alegria… O amor maior da minha existência!

Pedaços de uma Mulher

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Estas palavras que aqui deposito são como as lanças que me agoniam, que destroem o meu peito aflito, me esfaqueiam,me esvaziam… São palavras sentimentos que me esvoaçam que eu temi tantas vezes exprimir, por saber que ao dizê–las,já não me abraçam os braços, que tantas vezes,loucamente,pude sentir. E vou eu, como outras vezes no passado, percorrer,entre lágrimas e tristeza,o corredor, tentando recuperar meu coração despedaçado por procurar e acreditar tanto no amor! Embora devagar,passo a passo, sentindo uma imensa vontade de ruir, tentarei colher para o meu regaço os pedaços de mim para me reconstruir. Irei no amanhã olhar com prudente calma, esconderei o meu olhar,a minha essência… Não deixarei ninguém encontrar neles a minha alma viverei guardando bem guardada   minha carência… E sentada a escrever,tanto que rastejo… Pois é assim que me sinto,no poço, no fundo… Apagaste em mim o futuro,o desejo, foi como se me expulsasses

Desgosto

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Olho o horizonte, na tentativa de conter uma lágrima furtiva que teima em percorrer meu rosto… Eu passo agora meus dias ansiando regressar ás alegrias mortas pelo sabor do desgosto. Morro um pouco, cada dia, e a luz da alegria afasta - se cada vez mais; faz – me então perceber, que eu apenas posso ser como o comum dos mortais... E o sorriso que era fácil em minha boca, é nela agora coisa rara, coisa pouca, é como aurora boreal, rara, a colorir meus lábios de mel, pelo excesso de chuva no meu céu, ser agora ritmado e mortal… Sou agora uma dor enorme em mim… Como se interminável… sem fim… Que eu tento curar calada, e para esconder é então que minto, disfarçando a dor que sinto, dizendo sorrindo que ... não dói nada…

Raízes

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Eu vim como quem veio reviver, refazer ou tentar corrigir caminhos, onde eu pudesse sorver forças para tentar prosseguir. Eu vim com a alma convalescente, Magoada, tristonha, vazia. Nos olhos a lágrima permanente, o peito vazio de alegria… Entrei no meu profundo para procurar, raízes, amarras de mim, e remexendo consegui encontrar amarguras e traumas sem fim… Por vezes pensava que na vida teríamos de sonhar e perseguir ideais, mas nem sempre nos deixam saída, Estranham - nos ao não sermos iguais! Jamais me viram chegar, de onde tantas vezes parti, pois sou ser desigual, de atormentar, embora seja , não sou daqui… Eu parto como chego, foi sempre assim, com duvidas e pena da vida minha, vendo que sou parte de um jardim, onde eu sou a erva daninha.

Baía

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Transformaste o dia em noite bela, ofereceste – me o mar à janela, levaste – me de amor ao arranha – céu. Eu fui companheira, ouvinte, amante, fui corpo, boca e sol radiante a cada suspirar de desejo teu! Eu trouxe no corpo um cheiro com sabor, nas entranhas ainda o tremor, no olhar as vozes em silêncio sorrindo. Nas mãos trouxe, do teu corpo pedaços, no peito a intensidade dos abraços, na mente, tudo se repetindo… Transformamos nossos corpos sem tabus, numa intensa entrega, de calma nus, provando carícias quentes em noite fria, enquanto eu contemplei a imensidão do teu mar, indagaste o melhor jeito de atracar a espuma das tuas ondas em minha baía… Atracado em mim, como se eu fosse teu norte, envolveste – me toda,com teu abraço forte, como um demónio que quer possuir uma alma indefesa, amada e feliz… … abriguei em mim quem tanto desejei e quis e quem jamais quero ver partir!

Sem direcção

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  Eu vivo a contar os segundos que cada dia me oferece, ansiando olhar olhos profundos, que meu olhar sedento, não esquece! Eu vivo contando cada minuto, diminuindo esta ausência ingrata, disfarçando com sorrisos o luto de uma distância que me mata. Eu vivo dias numa hora, como se a morte viesse para me levar daqui   embora e eternamente me quisesse. Eu vivi anos procurando a luz dos meus desejos sonhados, me perdendo , caminhando, chorando, entrando por caminhos errados. Eu vivi minha vida entre sonhos e a imaginação, desejei – os tão intensamente, que os julguei reais, e agora que me encontro sem direcção, afinal descubro que já não vivo mais.

Mensagem

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  Esta noite não dormi, mas tive uma companhia na cama que insistiu em deitar- se comigo… Envolveu- me… Abraçou -me… Voltou a ser dono da minha vontade; tomou conta de mim e dos meus pensamentos… Possuiu- me toda a noite, sem reservas, sem dó e sem cuidado… Ele sabe que tomou conta de mim… Enquanto te escrevo esta mensagem, ele dorme a meu lado, mas não me deixa dormir, nem sorrir, nem viver… Sabes quem ele é?! É ele mesmo!  O medo! Sim, o medo.  O medo de te perder, de te não ver, o medo de não te sentir e pertencer-te. O medo de amar-te e não ter-te…

Vento

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Hoje fui a enterrar ainda viva, a soluçar... E impávido o coveiro, pá a pá de pesada terra, sepultou – me, como se eu fosse um detrito num aterro. Que dor, ser como lixo despejado num terreno árido e vazio… Que cansaço, que frio... Que mágoa... Que pena ser mal amado, e matar devagarinho tanto amor e carinho que docemente foi gerado… 

Escrever desejos

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Sentei – me no café, a escrever palavras que sonhava em te dizer, coisas misteriosas, coisas banais, conversas para prolongar o encontro que temos, recordações dos momentos que vivemos, Frases e expressões especiais. A cada viagem reflectida descubro que é bem mais complicada a vida, não é nada, do que nos contam os nossos pais, as amarguras, por eles contadas, vêm com flores, vêm camufladas, não lhes escutamos os ais. Eu vivo a reciclar um mundo só meu, que criei bem perto do céu aonde me visita só quem eu permito, uma gruta longínqua e secreta, enfeitada com a luz do sol directa e um dourado paredão, bonito. Sentei – me no café, e por momentos deixei – me levar por sentimentos… Rodearam – me tantas ideias mirabolantes… Eu, igual, já não mais serei nem tão pouco pensar como antes, pensarei, nunca mais serei a de antes. Todo o ser que se deixa tocar por uma palavra, por um abraço, por um olhar jamais volta ao tamanho original. Pois na sua mente, no seu corpo, no inconsciente tudo fun

Baú de mãe

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Este descomunal gelo que sinto cessa – me dolorosamente a circulação, deixando meu sangue sólido e extinto, sem percurso para atingir o coração! Abri demoradamente o meu baú de mãe, aquele que guardava a lembrança, do ser que sendo meu não é de ninguém que eu gerei e vi nascer criança! Porque é doloroso ficar sem ver quem se ama e é razão de vida, mesmo com a certeza que continua a viver é degradante a dor da partida! Remexi o baú em grande agitação, com o intuito de querer encontrar, as asas do meu filho, guardados com o coração e que lhe devolvo agora para ele voar! E do alto da montanha com impulsão demonstrando coragem, incentivando, estará sangrando meu coração… e eu sorrindo,com a hora de seu regresso ansiando!

Testamento

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Amanhã quando o sol nascer e beijar com raios tua porta, poderei eu já não viver, parei de respirar, estarei morta… Quero então fazê – lo, para tal deixo escrito, já que em vida não pude dizê – lo, agora morta ainda grito! Passei dias em conflitos em luta mesmo comigo, tentando deixar de amar teus olhos bonitos, e de amar – te bem mais que a um amigo… Quero gritar bem forte, sem pudor e sem respeito, pois perdi tudo, ganhei a morte, levo – te dentro do peito… Levo guardados os beijos ternos, os de loucura, de carinho, de paixão, levo   as mágoas, as ausências, os infernos fruto   das saudades que feriram meu coração! Quando me cremarem e o corpo extinguir, quero misturar – me na atmosfera, podendo ser ar e voltar a surgir, dentro de ti em primavera! Se esta noite meu coração parar, por mazelas, por cansaço, por dor, que fiquem a saber que hei – de te amar a cada teu respirar amor!

Diversidade

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Entre todos os animais da Terra, és tu Homem, humano, dito racional, aquele que se revê nos meandros da guerra, que mata, humilha, destrói … é brutal! De todas as línguas, dialectos, linguagem, possuis a palavra como dom de entendimento, mas não entendes o outro à tua imagem, causas órfãos, fome, sofrimento… Usas todas as armas que o mundo criou incluindo as que a terra lavra, esqueces a melhor que Cristo deixou, a que voa livre… a palavra! Entre toda a diversidade existente, pretendes sobrepor – te aos demais, esqueces que o outro também é gente, embora singulares somos todos iguais! Homem!? Que fazes? Embriaga–te em educação, leva ao mundo as pazes liberta o humano em teu coração! Ouve… medita…escuta… Aceita para seres aceitado, olha o mundo com beleza, sem luta, lembra-te,ele não é nosso é emprestado!

Abismo

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  Eu estou como o dia, cinzento … nublado… abatido… Escondeu – se meu sol, minha alegria, o   arco - íris já não é mais colorido! Eu estou como a tristeza, magoada… ferida… isolada… Já se esvai em mim a certeza, de querer continuar viva, em caminhada! Eu estou como um abismo, profundo… desconhecido … escuridão infinita… Eu sofro por sentir em mim violento sismo, que me destrói … agita… Eu estou… destruída, como uma velha casa assombrada, abandonada pela vida… Não quero viver! Não quero mais nada…

Tuas mãos

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Nas tuas mãos, eu sou água cristalina! Nas tuas mãos sou fogo escaldante! Nas tuas mãos sou uma menina, uma leoa, uma louca, um diamante… Por tuas mãos, sigo sem medo. Por tuas mãos o olhar é dispensado. Em tuas mãos, deposito meu segredo, minha vida, meus sonhos, meu coração acelerado… As tuas mãos são regadores! As tuas mãos, são a força do solo, são jardineiros colhendo   minhas flores que desabrocham ferozmente em meu colo! Em tuas mãos, sou leve pluma. Em tuas mãos sou viçoso malmequer! Em tuas mãos sou o mistério da bruma, vestido em meu corpo de mulher!