Mar de memórias
Hoje novamente, me encontrei sem direcção; dirigi sem rumo, até mesmo sem pensar, fui na busca de um caminho, que nós ainda não tivéssemos andado a percorrer e a desbravar. Só ouvia, constantemente o teu chamar, deixando minha mente de lembranças tão cheia! A dança sincronizada das ondas do mar… O borbulhar do sil êncio nos grãos de areia… E alimento compulsivamente, a esperança minha, mantendo desta forma vivo o amor que me surgiu inesperado na vida, e se aninha, trazendo vida nova, alegria, mas também dor! Dor porque a ausência não se contorna. Quem amamos povoa-nos todo o ser… Mas o coração é exigente, não se conforma; os olhos têm de sentir, as mãos têm de ver! Chorei! Chorei! Aumentei as águas… Deixei – me levar nas ondas, para atingir a calma… Aliviei um pouco essas minhas mágoas, sosseguei um pouco a minha alma. Sei que ainda me restam as memórias e as fotografias que te tirei com o olhar; ainda poderei ler ao espelho,