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Desbravei

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Perdi-me,alegremente,na neblina do teu corpo e deixei,que a pouca visibilidade do olhar fosse guiada pelo avançar arrepiante das minhas mãos, fazendo dos meus dedos,pés,para caminhar suavemente pela tua pele. Perdi-me,conscientemente, nas montanhas do teu corpo e deixei,que os terrenos acidentados,vestissem-me de aromas de sementes e frutos, fazendo do meu ventre algar e estalactite tutelada. Perdi-me e, docemente, desbravei o teu corpo e deixei, que a cada semear de beijo e a cada abraço de pele, aumentasse a minha força e meu sentir, fazendo do meu espírito moradia de sentimentos e quietude. Perdi-me como quem regressa ao conforto do lar(o teu corpo) e deixei-me adormecer no despertar suave dos teus olhos de terra, fazendo do teu abraço o travesseiro repousante, para os meus pensamentos e dos batimentos cardíacos solfejados no interior do teu peito, música relaxante.

Só tenho amor

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Sou uma pobre qualquer Sou uma pobre mulher Só tenho amor para dar Vivo a realidade a sonhar Cheguei à conclusão que nada tenho Só um amor grande(do meu tamanho) Eu apregoei,amor, apregoei Pois sem ele,nada sei Quebrei barreiras e obstáculos Deixem-me prender em tentáculos Sou uma pobre qualquer Sou uma pobre mulher Eu abandonei carências Escolhi outras vivências Deixei que o amor falasse mais alto,profundo Fiz do amor o maior bem deste mundo Escrevi cartas, textos, poesia E fiz do amor a luz do meu dia Reli nas entrelinhas dos olhos(teus)tuas aflições Sequelas e solidões Povoei teu corpo e tua mente E deixei vir à tona o que teu coração sente… Sou uma pobre qualquer Sou uma pobre mulher Nada tenho para dar Só sei amar, só amar… Eu apregoei,amor,apregoei Pois sem ele,nada sei.

Já (que) nasci

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                                               Já nasci carregada de sonhos E dos sonhos fiz a minha moradia Soneguei das lágrimas e dos momentos menos risonhos A força brutal para parir alegrias. Já nasci carregada de sentimentos E dos sentimentos fiz lema e estandarte E dos gritos de dor fiz sorrisos e alimentos Para alimentar meu coração e minha arte. Já nasci a cheirar livros,e letras, a devorar, E devoro a vida por saber que nos escasseia Então vivo com pressa de amar Antes que me leve o mar,sepulte-me a areia. Já (que) nasci Quero viver Sem medo de sonhar Sem vergonha de querer. Já (que) nasci e viva ando Quero a vida toda que sei que existe Sigo adiante vivendo e amando Porque viver sem amar é tão triste…

Pessoas que existem

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  Existem pessoas! Existem pessoas que são! Existem pessoas que são especiais! Existem pessoas que guardamos no nosso coração, pessoas que não esqueceremos jamais. Existem pessoas! Existem pessoas lindas! Existem pessoas lindas por dentro! Com elas, existem recordações infindas gravaram-nos com sentimento… Existem pessoas! Existem pessoas que lembramos! Existem pessoas inesquecíveis! Depois existem aquelas pessoas que amamos! Existem! São pessoas sensíveis…

Abraço apertado

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  Num ombro um aconchego(quente) e conforto… Um castelo, seguro, meu porto! Devagar qual onda impetuosa no mar liberta-se uma harmonia cheirosa, uma mansidão e agarram-me mãos sedosas… Convidam-me para um confortável espaço desassossegado: o recanto de um abraço, morno, quente, que me devora ; Apertado… Macio… Com demora…

Gota de mel

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  Adorei cada vaivém, cada gota de saliva; adorei cada carícia cada abraço renovador. Adorei cada beijo de língua, cada gemido, cada gota de mel que escorreu nos nossos corpos cheios de amor!

Barco Poesia

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  Um barco atracou no cais (dos meus pensamentos) e enquanto era varrido pelo agitar das ondas e dos ventos aproava calmamente em minha alma. Parou-me; levou-me; atracou-me e suspenso, navegou-me nos breves momentos meus de paz e calma. Um barco carregado de sonhos e esperança transportou um velho,um jovem,uma criança levando-os por mares ricos,povoados por seres de mil cores. Eu fui cais salgado por um dia, fui barco chamado de Poesia, fui porto de chegada; fui Açores!

Gemido de amor

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Adoro o teu gemido de amor, de prazer(o que for)... Desassossega-me o tremer do teu corpo,  a agitação da tua boca… (E)levas-me ao céu dos pecados  e fazes de mim uma apaixonada e louca, que na secura dos teus lábios, enche-se de vida e junta os seus bocados(ficando inteira)… E adormecer à tua beira é simplesmente relaxante, é viver sonhando e sonhar vivendo é vivendo amando e amar viver é sentir que se existe e que este amor… ai,este amor é tão vivo e vibrante que a cada gemido de prazer o peito torna-se um gigante forte e lutador, Para levar-te,ajudar-te,cuidar-te e sussurrar-te palavras de amor.

Gotas de mar

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  Naquele dia Passaste por mim e não me viste E para mim Nasceu a alegria. Lá no alto do céu azul,o sol brilhava E eu via, passar por mim,quem tanto queria… E o teu corpo caminhava… E o meu olhar te sentia! Olhei-te como quem te banhava E fui como se fosse sal para te salgar, E escorrer-me,pelo teu corpo, desejava, Como se eu fosse,em ti,gotas de mar!

Mais...

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  Eu fiz mais do que amar-te.  Eu, mostrei-te que podias ser amado!

Sensível demais

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Cheguei a casa E em cima da mesa não havia nada… Despi o casaco, larguei a mala Libertei os sapatos E agarrei apressadamente o avental Que me esperava para mais uma viagem… Sem forças debrucei-me sobre o fogão Que me incendiou os pensamentos Nas inflamáveis lágrimas que abafo dentro de mim, Porque sou feia quando choro, Porque sou fraca quando choro, Porque não posso chorar… Tentei, sempre, alimentar a alegria dos mais novos Fui contando piadas E fazendo perguntas Ganhando um pouco de forças na fraqueza que me circunda… Enquanto lavava alimentos Vinham à tona da minha água meus sentimentos E a cada corte frio numa cebola Os meus olhos gananciosos, aproveitavam estes momentos para chorarem E derramarem as dores que os agoniam Para contarem em silêncio o que os esvaziam… Os aromas invadiam a cozinha E a mim, aquele frio (disfarçado); E entre tanta coisa que lá tinha

Já fui palco

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Já me disfarcei de palco e de cortina Já me gritei alto e em surdina Por tantas vezes tentei, deixar de ser e existir Mas as vozes que em mim moram e me gritam São como rajadas de vida que me agitam E mandam-me prosseguir… Já fui palco vazio Quase morto Peça sem aplauso, nem brio Sobrado torto… Mas as vozes que em mim se abrigam calmamente São como rajadas de gente Caminhando p’ra bom porto… Já fui palco floreado Coberto de palavras e emoção Já fui texto encenado E era eu (tudo) o que trazia no coração. Mas as roupas que vestia, despiam-me E as palavras que proferia, feriam-me Julgava–me eu camuflada... Já fui palco, Cortina, Peça encenada… Já despi as mágoas e o preconceito E fiz das lágrimas de sal e sangue: mel e doce. E jurei convictamente à vida, por mais amarga que ela fosse Adoçá-la com as gotas de verdade que trago no meu peito.

A chuva que cai

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Esta louca chuva que cai Gelada Não me dá nada; Leva com ela as lágrimas coladas na janela, Lava as pegadas dos nossos pés… A chuva que cai Leva–me como uma rajada, Em rodopio, Arrastada… Molha meus sonhos E faz deles barcos abalroados de papel… E cai… …Cai, Desfazendo o azul do céu Aumentando o mar Cobrindo os corpos de barro E desalento… E desafia Descaradamente as rajadas do vento… A chuva que cai Leva-me em gotas pequenas Semeando-me nas montanhas e nas ribeiras, E nasce, do céu, como se fossem açucenas, Regando tudo como se tudo fossem árvores e flores Esta chuva que cai Bate as asas Tão depressa Que apenas nos sentimos Leves como as penas dos mais esvoaçantes Açores.