Fim de tarde
A luz do sol vai sendo apagada por nuvens que vão ficando adormecidas e se vestem de negro luxo e geada e luzes pequeninas e destemidas, e no céu irrompem silêncios de madrugada e sons de bocas jamais esquecidas… Varre-nos uma brisa com gosto de noite quente, Que nos acaricia a pele, como se fosse uma mão de calor, que aquieta a inquieta alma da gente que tantas vezes vive buscando noites de amor e encontra em momentos do inconsciente forças para voar como se fosse um açor… E nas varandas dos braços de alguém que busca paz vemos luares e sonhos em imagens estreladas e a calma que nos espreita sempre nos traz recordações de palavras que ao ar foram jogadas, molhando de ideias tudo o que a vontade nos faz reviver nas calmas tardes de verão passadas… E agoniados muitas vezes, por deixarmos de sentir, vemos morrer vontades e fogo que em nós arde e vivemos quase sempre a nos mentir de modo ingrato que nos mata sem alarde permitindo ta