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O teu livro não tinha miolo

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O teu livro era uma capa de fachada azeda, mal acabada. Era feito de um material duro e usado com um papel vazio escrito num doloroso passado sufocante e sem futuro… O teu livro não tinha miolo não era cativante misterioso apaixonante era escrito por um interior sombrio mentiroso com fastio … O teu livro não tinha miolo parecia um catálogo de carros velhos despedaçados sem motor o teu livro tinha tanto, mas tanto bolor era um livro desinteressante stressante sem vestígios saudáveis do amor… O teu livro parecia uma montagem de encomenda e tu sem rumo num desgastante consumo corrias perdido nesta senda às cegas pelo mundo… Arranquei-te da tua prateleira tirei-te a venda e transformei o teu livro num livro novo de poesia que transbordava inovação magia emoção um livro romântico cheio de prazer um livro com vontade de viver, de construir novas histórias. O teu livro não tinha miolo era
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Todo meu

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Não te roubei, apenas te encantei. Quem não fica interessado num ser tão raro e inspirado? Não te roubei. Te apaixonei! Levei-te à morada da felicidade mostrei-te o amor de verdade. Não te roubei, apenas te ressuscitei. Havias adormecido vivias sem sentido. Não te roubei, apenas te amei. Levei-te em viagem ao céu e agora és todo meu!

O meu vestido de renda

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Vesti para ti o meu vestido de renda com janelas para a minha pele hidratada fazia de mim uma prenda pronta a ser desembrulhada… Vesti para que os teus olhos olhassem as minhas curvas corporais e os teus pensamentos te levassem a recantos meus: vivos, carnais… Vesti o meu vestido e calcei o sapato de salto maquilhei o rosto, e os lábios decorei ,  e elegantemente percorri o asfalto segura pela tua mão, que com a minha entrelacei… O meu vestido de renda despertou a tua ambição, desejaste ser renda e vestir a minha cútis e cobrires de elegância o meu coração pulsando em mim a cada segundo, sendo feliz.

Lonjura

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E a cada segundo que passa aumenta minha amargura meu coração tolo estilhaça com a realidade desta lonjura pois quem longe está, não nos abraça nem nos enche de ternura… Sigo minhas obrigações alimento as minhas vidas inquietas e guardo as minhas emoções nas minhas inacessíveis gavetas e aos poucos matam-me as ilusões que vou tornando secretas… E a cada segundo que passa sinto ainda mais solidão sinto ser a eterna traça à espera de transformação sendo quem a todos abraça sem receber consolação…

Distimia

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Uma dor sem rosto uma tristeza constante que levava o calor de agosto deixando a luz da  noite distante… Era uma dor fria, cascata de choro um desistir persistente uma ave de mau agoiro um organismo doente… Fazia as asas arrastarem-se pelo chão, voar era algo impensável os músculos perderam a capacidade de ação; tudo era detestável… Só lágrimas e gemidos só escuro e dor jardim mortos e destruídos ansiedade, insegurança e pavor… Era triste e denso o nascer de cada dia, um sofrimento imenso: distimia…

FOI MESMO NO SOFÁ

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Foi mesmo no sofá que te desarmei… Atirei-me para os teus braços e suspirei. Não tive forma de me conter e apressei-me para te derreter… Foi mesmo no sofá que te prendi, ocupei o teu colo e renasci… Lá tive tempo de aguardar por melhores condições, abracei-te e despi-te de ilusões. Foi mesmo no sofá que tornei real o meu fetiche de simples mortal… Saltei para o teu colo como quem mergulha para se banhar, prendi me aos teus lábios para te beijar e encontrei na tua pele o Sol e o mar e ondas frescas de abraços imparáveis, e salpicos escaldantes de palavras inigualáveis … Lá tive tempo de medir a temperatura atirei-me do mais alto penhasco da minha loucura e aterrada no teu aconchego tornei-me lava, desfiz-me de ser rochedo. Perdi a conta das vezes que repetimos os beijos e perdi a conta dos desmaios… foram tantas as repetições tantos os ensaios, concretizações… Foi verão com ondas de calor e foi arrepiante nevão com estrelas de amor… Foi m

O amor faz amor

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O amor faz-nos bem E quando encontramos alguém Que sonha com a nossa realidade A vida sorri E a alegria contagia Cresce em nós a vontade De viver De crescer De sonhar Tem magia… O amor nos liberta Povoa a nossa alma, quando deserta Semeia em nós a capacidade de amar! O amor faz-nos bem E até o orvalho da manhã Sabe-nos a panquecas com mel As lutas são apenas desafios E as tempestades, tornam-se suaves frios É fácil amar e ao amor ser fiel. O amor faz amor Cura as feridas Anula a dor Traz vida aos nossos dias O amor dividido Reciproco e sentido É tudo o que tem valor. Quando amamos somos do bem E até o orvalho da manhã Nos alenta o viver Quem ama de verdade Não abriga em si maldade Ama É amado Cresce E deixa crescer. O amor faz-nos bem Quando amamos Fazemos amor  (nascer) também E amar é um refrigério. O amor é energia Pássaro com asas de poesia Ninho de aconchego e mistério…

Lábios salgados

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Trouxe o mar na boca para aos poucos o provar o sol veio na roupa que despi à beira mar. Trouxe-te no pensamento e a cada respirar degustei o momento que o mar me veio salgar… Trouxe o mar na boca, trouxe  sal que a minha pele temperou, trouxe o teu sorriso especial que a minha memória captou. Trouxe-te, como quem traz uma preciosidade e guardei-te com os valores mais desejados; trouxe o mar da felicidade com ondas refrescantes dos teus lábios salgados.
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O encaixe do abraço perfeito

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Aproxime-se mais mais até não dar mais… Abra os braços estique estique, enrole ao redor envolva prenda e fique... E com jeito aproxime-se do peito que vai abraçar com ímpeto mas com delicadeza; aperte entre os braços aperte anulando os cansaços as tristezas as fraquezas os espaços… Entregue-se demoradamente envolva-se intensamente torne as suas imperfeições o encaixe perfeito e acolha junto ao seu peito o ser que vive dentro do seu coração com delicadeza com firmeza com emoção… Aproxime-se mais mais até que leves sussurros animais se soltem do interior… Com jeito sinta bater no seu peito o coração de quem abraça e permita-se sentir viver permitir transferindo a energia que passa, que renova quem é abraçado e quem abraça, fazendo deste encaixe imperfeito o tesouro eleito dos tesouros do mundo. Aproxime-se e deixe-se silenciar deixe-se abraçar até que toda a imperfeição se encaixe e faça desta diferença união encontro abraço exaltação regaço embale profundo…

Eu fui a única culpada

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Tudo foi culpa minha. Eu fui a única culpada.  Fui em quem provocou o seu despertar para a vida e para felicidade.  Fui eu,  com esta minha mania tola  de temperar a vida com colheradas e colheradas de amor e sorrisos,  que causei tanta vontade de mudança e de reviravolta.  Sim, fui eu. O meu acordar era feliz e ousado.  O meu anoitecer era inovador e aventureiro.  Eu criava regras e fazia com que as cumprissem.  Eu investia em brincadeiras e provocava gargalhadas.  Eu assumia a minha  vontade,  proclamava os meus sonhos e não escondia os meus medos,  as minhas verdades e as minhas dúvidas.  Sou a única culpada de tudo.  Assumo.  Chorei muitas noites e sorri muitos dias.  Falei sempre o que pensava, mas acima de tudo sempre falei o que sentia.  Usei sempre da verdade, mesmo quando tive a mentira à minha disposição.  Eu fui sempre a única culpada.  Culpada por ter nascido assim e viver o que nasci,  culpada por querer e assumir o que queria,  culpada por saber
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História

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A nossa história de amor tinha de ser diferente de todas as outras.  A nossa tinha mesmo de ser original! Não haveria um pegar na mão,  um convite para tomar café ou um simples quero conhecer-te melhor. Na nossa história,  o mínimo que seria permitido fazer, seria,  um arrepiante deslizar da mão pelo teu pescoço,  provocando um arrepio até ao mais tímido poro… Na nossa história,  a cafeína era insuficiente  perto de toda a adrenalina libertada pelo olhar  que cruzamos no primeiro instante do segundo que nos vimos… Na nossa história,  conhecermo-nos melhor não chegava.  Queríamos conhecer-nos todos:  o exterior,  o interior,  os segredos,  os medos,  os desejos,  as calmas,  as inseguranças,  as almas…
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Meu amigo

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Esta carta que te escrevo leva tudo o que sinto por ti: a admiração, a amizade, o bem-querer e o amor. Ela é escrita com carinho, com linhas de ternura com muita dedicação e muitas letras de doçura. Escrevo para dizer-te que és uma prenda que a vida me deu que quanto mais te quero mais sei querer-te e cada vez mais és meu amigo, só meu… Amo-te com amizade e esta amizade infinita e cheia de cor é selada com verdade nossa amizade é amor.
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Mortes da vida

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A vida é feita de mortes   A nossa vida é feita de mortes. Das nossas mortes.  De mortes alheias. Mortes estupidas, cruéis e feias… Quando nascemos, morre-nos a possibilidade de vivermos para sempre.  Quando alguém nos morre, morremos também.  Morremos um pouco, morremos dolorosamente. Cada vez mais, sinto que a morte nos espreita.  Morremos quando damos mais valor a um lugar de destaque na sociedade,  do que a um lugar aconchegante num coração.  Morremos quando nos atropelamos para termos poder, morremos para ter,ter,ter… Hoje sinto-me um pouco morta.  Sinto-me assim porque vejo que ao meu redor,  apesar do lamento e da dor, há gente que vive morta.  Gente que simplesmente não entende,  que viver, por viver,  de nada importa… Quantas lágrimas mais teremos de chorar,  para estarmos preparados, para a despedida definitiva?  Quantas? Sei que, ainda que chorássemos todos os oceanos,  jamais estaríamos preparados para morrer ou para ver morrer

O Amor...

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POEMA DO MUNDO QUE FAZEMOS

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A pouco e pouco o mundo vai ficando mais louco. Morrem os grandes seres perdem-se os verdadeiros prazeres, já são escassos os que dão valor à educação, à amizade, ao amor… À medida que a vida passa cruzamo-nos com gente sem graça com projetos de gente seres desumanos, que nos fazem frente, desonrando a pureza da alma e da raça, seres que vivem da mentira e da trapaça… E o tempo não para… E cada vez mais, o carácter é qualidade rara. Hoje em dia quanto mais sacana, melhor vivemos num clima de morte e horror; aplaude-se o diplomata que se diz homem enquanto inocentes, à fome, morrem… A pouco e pouco o mundo vai ficando mais louco… Morrem os grandes seres perdem-se os verdadeiros prazeres, já são escassos os que dão valor à educação, à amizade, ao amor… E anda o mundo num corrupio elas desfilam em peles de animais e os animais, coitados, morrem de frio… Num lado do mundo catam migalhas do chão para matar a fome, do outro lado desmaiam de fraqueza porque não podem engordar e ni

Noite de Natal

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Não se esqueçam do bacalhau Do peru ,do bolo-rei e do Vinho do Porto; Não se esqueçam das prendas e dos laços, Das mesas decoradas com muito requinte e cor. Já agora, não se esqueçam de dizer a alguém o quanto vos é especial, de darem a mão a quem precisa de conforto de se envolverem, esta noite, em abraços e fazerem da noite de  Natal,  uma verdadeira noite de AMOR!

À janela

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À janela de casa Posso ver árvores a dançar E chuvas arrastadas Casas quietas Ruas molhadas… À janela de casa, Por dentro das vidraças decoradas, Vejo a rua deserta, O vento cheio de força, A relva molhada, Uma mente aberta, Folhas mortas que vão dançando Quando o vento as vai soprando E depois solta-as, como se fossem pássaros mortos, Que vão caindo sem ação Inertes Pelo chão… À janela vou revivendo Tempestades passadas Quando o tempo ainda era interminável, E vão chegando pensamentos E vão chegando (pre) visões De dias incertos Jardins desertos Novas tempestades, Furacões... À janela vejo o gato Que se abrigou em cima do tapete, Enrolado no seu pelo, aquece-se, E nem dá pela tempestade que passa; Dorme, descansado, sem reparar que o olho Da janela… À janela posso ver A revolta da natureza E esperar quieta q ue tudo passe… À janela Espero que o tempo se adiante E que logo chegue o meu amante, E co

Tempestades

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Por aqui o céu prepara-se para chorar Lágrimas atrasadas e lágrimas futuras As árvores agitam-se, tentando aliviar O peso triste dos olhos das nuvens escuras. As flores da buganvília dispersam-se pelo chão Deitam-se sobre a verde relva molhada, Enquanto as palmeiras do vizinho se agarram bem ao chão, O vento dança comemorando a partida de uma árvore arrancada… O vento traz sempre novas visões, novas aragens Para quem se sente sem ar, sufocado, Quando chegar a bonança haverá espaço para novas viagens Para tomar um rumo novo ou um regresso ao passado… A vida é feita de tempestades Muitas inesperadas Outras anunciadas, Mas todas com fim! E como na natureza tudo tem o seu tempo de findar Nem com toda a sua força, o vento, há-de arrancar Todas as raízes que trago em mim.

Sempre é Natal

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     É Natal sempre que há esperança E em nós habita o espírito de criança! Sempre que fazemos o bem, é Natal, Tornamos o mundo, um lugar especial! É Natal sempre que ajudamos o nosso irmão Enchemos com amizade e amor o nosso coração! Sempre que enchemos a vida de alguém com luz É Natal, nasce Jesus!

Aposto que há gente que nunca provou um poema

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Aposto que há gente que nunca provou um poema; Que nunca sequer descascou um verso; Nunca polvilhou com canela uma rima, Sequer tocou de leve os lábios Para lhe sentir o gosto. Aposto que há gente que faz poemas a metro Que acredita que basta juntar água, Mexer, e já está: POESIA. É gente desta que engorda do vazio e da mesquinhez, Gente que nunca provou um poema… Aposto que há ainda gente assim Distante dos melhores sabores e aromas requintados. Coitados! Aposto que ainda há gente que devora uma história falsa e ruim Ao invés de degustar versos e versos apaixonados. Sei que ainda se escrevem romances inventados, Que se copiam poemas, mas com alguns versos trocados… Aposto que há ainda gente que nunca provou um poema, Um verso, Uma quadra, Poesia… Gente desta invejosa Gente horrorosa Projetos de gente… vazia… Aposto que ainda há quem não se arrepie Quando de uma garganta, Poemas se libertam melodiosos Aposto, sim! Ainda

Beijo tácito

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Do outro lado da rua Dum outro lado da vida Vislumbraste uma mulher, Encheste a tua visão que era nua Encontraste uma saída Desististe de morrer… Do outro lado, do lado de dentro Despertou em ti um viver Reanimou-te o teu pulmão Percebeste que és morada de sentimento E que aquela mulher Ressuscitou o teu coração… Do outro lado, do lado da felicidade A vida sorriu para ti confiante Livrou-te de um destino aflito… Encontraste, por inteiro, a tua metade Segues, do seu lado, adiante Trocando com o olhar um beijo tácito.

Amor logo cedo

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Logo cedo elas acordam, e abrem a porta do guarda-roupa Perdem-se na escolha imensa de uns trapos para vestirem o corpo, Tropeçam em caixinhas cheias de sombras e base E tentam dar cor ao rosto Que tantas vezes veste olheiras de desgosto… Logo cedo eles cobrem o rosto de espuma branca Raspam os pelos, embelezam-se, Banham-se, perfumam-se Olham-se ao espelho, Para verem se os outros vão gostar… Enquanto isso, elas esticam os cabelos encaracolados Ou enrolam os cabelos esticados, Depressa, Que o tempo está a passar… Logo cedo tudo corre E ninguém olha o céu Ninguém se digna dizer o quão lindo está o dia, Que bom é estar vivo, que truque este de magia Que fez a mãe natureza, Que ergueu o Sol no céu, Depois de tanta escureza … Depressa que o dia já nasceu Mas ninguém viu… Logo cedo a cozinha cheira a café Cheira a pão com manteiga E leite com chocolate. Logo cedo, eles vêem o email E elas já não os  beijam Para não borrar