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Do outro lado da janela

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                       Do outro lado da janela Vejo movimentos de uma alma bela Que caminha sem desistir Que luta com toda a sofreguidão Com todo o poder do coração Tentando uma vida doce construir. Do outro lado da janela vejo Um corpo de homem (que desejo), Que seja meu, até ao meu último suspiro Vejo na força camuflada dos seus braços O veludo confortável dos seus abraços, O calor do corpo amante que eu admiro. Do outro lado da janela há uma porta Abrindo caminho a uma vida que já foi morta Mas que lutando reergueu-se, ressuscitou, E nem com todos os ventos e trovoadas Deixou arrastar seu coração para estradas Obscuras, onde o demónio já andou.

Reflexos

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Não construamos mais castelos Por mais que imponentes e belos São pedras frias Vazias… Façamos apenas das cabanas Das grutas nas rochas Das savanas O lar acolhedor dos nossos dias. Não pintemos a vida tentando disfarçar Lágrimas que nos insistem em afogar Mostremos o rosto, ao mundo, tal como se sente Se feliz, feliz então, Se doído, doído então É que para nós mesmos jamais se mente… Chega de enganos e falsidades Enfrentemos sem medos as realidades Gritemos o que nos vai na alma, no interior… É que seremos na nossa vida A verdade da nossa alma reflectida Sejamos então reflexos de amor!

Desertos

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Esta coisa de não sabermos quem somos Torna-nos loucos conquistadores Por vivermos uma busca incessante Percorrendo caminhos de conquista De encontros e de amores… Esta coisa de andarmos por aí (à deriva) Guiados por bússolas e relógios solares Faz de nós seres incompletos, desencontrados   e inquietos,   astronautas , cientistas, infindos mares. Esta coisa incerta que temos de certo Leva-nos a campos abertos Mostra-nos céus que jamais voaremos; Pois não somos o que temos, Não somos mais por enriquecermos Quanto mais ricos, mais desertos… Esta coisa de nascer para morrer E vivermos tão mortos enquanto vivos Faz a alma padecer Chorar de desgosto e desprazer Enche-nos de momentos negativos… Esta coisa de não sabermos quem somos Torna-nos loucos conquistadores Mata-nos a incerteza e o desalento Por sabermos que morremos (a qualquer momento) Somos livros abertos cheios de dores.

Partir

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  Dizer adeus é morrer sorrindo É partir em busca de quem vai… Dizer adeus é sorrir partindo É uma lágrima salgada que cai… Dizer adeus é também amar Libertando o pássaro que quer partir Devolvendo-lhe as asas para voar Soltando amarras… deixando-o ir…

Cheguei

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Cheguei! Por fim,cheguei! Sempre senti tua presença Em tudo o que toquei, Olhei, vivi. Cada dia que acordei Senti tua força, tua energia, Tua mão me guiando, Oferecendo-me um novo dia. Cheguei! Tive de descer tão profundamente Para ver com os olhos Quem sempre acreditei… Cheguei desfeita, Cansada, Vazia… Mas,hoje vejo Quem há muito me via. Meus olhos estão sangrentos, Doloridos, Aguados… Meus olhos Gritam abrigo, Descanso… São barcos encalhados, Raios de sol apagados… Cheguei! Venho pedir-te paz Verdades Esperança Amizades. Venho tentar perceber Onde comecei; O que é a vida? Quando termina este meu sofrer… Venho rogar misericórdia Tentar entrar no paraíso Destruir discórdia Imputar ao mundo juízo, Solidariedade E calma… Para que eu possa repousar Para que viva serena minha alma E o mundo possa, de novo, amar… Cheguei! Estou dentro de mim! Procurando as respostas Res