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Barco Poesia

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  Um barco atracou no cais (dos meus pensamentos) e enquanto era varrido pelo agitar das ondas e dos ventos aproava calmamente em minha alma. Parou-me; levou-me; atracou-me e suspenso, navegou-me nos breves momentos meus de paz e calma. Um barco carregado de sonhos e esperança transportou um velho,um jovem,uma criança levando-os por mares ricos,povoados por seres de mil cores. Eu fui cais salgado por um dia, fui barco chamado de Poesia, fui porto de chegada; fui Açores!

Gemido de amor

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Adoro o teu gemido de amor, de prazer(o que for)... Desassossega-me o tremer do teu corpo,  a agitação da tua boca… (E)levas-me ao céu dos pecados  e fazes de mim uma apaixonada e louca, que na secura dos teus lábios, enche-se de vida e junta os seus bocados(ficando inteira)… E adormecer à tua beira é simplesmente relaxante, é viver sonhando e sonhar vivendo é vivendo amando e amar viver é sentir que se existe e que este amor… ai,este amor é tão vivo e vibrante que a cada gemido de prazer o peito torna-se um gigante forte e lutador, Para levar-te,ajudar-te,cuidar-te e sussurrar-te palavras de amor.

Gotas de mar

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  Naquele dia Passaste por mim e não me viste E para mim Nasceu a alegria. Lá no alto do céu azul,o sol brilhava E eu via, passar por mim,quem tanto queria… E o teu corpo caminhava… E o meu olhar te sentia! Olhei-te como quem te banhava E fui como se fosse sal para te salgar, E escorrer-me,pelo teu corpo, desejava, Como se eu fosse,em ti,gotas de mar!

Mais...

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  Eu fiz mais do que amar-te.  Eu, mostrei-te que podias ser amado!

Sensível demais

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Cheguei a casa E em cima da mesa não havia nada… Despi o casaco, larguei a mala Libertei os sapatos E agarrei apressadamente o avental Que me esperava para mais uma viagem… Sem forças debrucei-me sobre o fogão Que me incendiou os pensamentos Nas inflamáveis lágrimas que abafo dentro de mim, Porque sou feia quando choro, Porque sou fraca quando choro, Porque não posso chorar… Tentei, sempre, alimentar a alegria dos mais novos Fui contando piadas E fazendo perguntas Ganhando um pouco de forças na fraqueza que me circunda… Enquanto lavava alimentos Vinham à tona da minha água meus sentimentos E a cada corte frio numa cebola Os meus olhos gananciosos, aproveitavam estes momentos para chorarem E derramarem as dores que os agoniam Para contarem em silêncio o que os esvaziam… Os aromas invadiam a cozinha E a mim, aquele frio (disfarçado); E entre tanta coisa que lá tinha

Já fui palco

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Já me disfarcei de palco e de cortina Já me gritei alto e em surdina Por tantas vezes tentei, deixar de ser e existir Mas as vozes que em mim moram e me gritam São como rajadas de vida que me agitam E mandam-me prosseguir… Já fui palco vazio Quase morto Peça sem aplauso, nem brio Sobrado torto… Mas as vozes que em mim se abrigam calmamente São como rajadas de gente Caminhando p’ra bom porto… Já fui palco floreado Coberto de palavras e emoção Já fui texto encenado E era eu (tudo) o que trazia no coração. Mas as roupas que vestia, despiam-me E as palavras que proferia, feriam-me Julgava–me eu camuflada... Já fui palco, Cortina, Peça encenada… Já despi as mágoas e o preconceito E fiz das lágrimas de sal e sangue: mel e doce. E jurei convictamente à vida, por mais amarga que ela fosse Adoçá-la com as gotas de verdade que trago no meu peito.

A chuva que cai

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Esta louca chuva que cai Gelada Não me dá nada; Leva com ela as lágrimas coladas na janela, Lava as pegadas dos nossos pés… A chuva que cai Leva–me como uma rajada, Em rodopio, Arrastada… Molha meus sonhos E faz deles barcos abalroados de papel… E cai… …Cai, Desfazendo o azul do céu Aumentando o mar Cobrindo os corpos de barro E desalento… E desafia Descaradamente as rajadas do vento… A chuva que cai Leva-me em gotas pequenas Semeando-me nas montanhas e nas ribeiras, E nasce, do céu, como se fossem açucenas, Regando tudo como se tudo fossem árvores e flores Esta chuva que cai Bate as asas Tão depressa Que apenas nos sentimos Leves como as penas dos mais esvoaçantes Açores.