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Eu

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Sou uma ideia, um projecto, sou uma busca, uma esperança, sou um zigoto, um embrião, um feto, sou uma placenta, sou uma criança! Sou um útero! Sou uma contracção! Sou aprendiz, sou descendente; sou intensa, sou dilatação. Sou um parto! Sou gente! Sou   tempo ,horas, dias, anos… Sou uma estrada direita, sou humana, sou de enganos, sou uma mulher já feita! Sou dor, sou ferida, sou cansaço! Sou geratriz, sou robustez. Sou a calma, sou a excitação, o abraço, sou a fonte, o seio, a nudez! Sou pensamento, sou lágrima, sou alegria! Sou porto, sou margem, sou céu, sou uma ruga, uma variz, sou uma estria, sou real, sou vivida, um verso, sou eu!

Adeus

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O sol que brilha lá no alto Traz o gosto de verão, espalha calor no asfalto, incendeia – me o coração! Meu coração incendiado como uma bola de neve, que absorve o que lhe é dado ainda que gigante é sempre leve! Leve brisa nos cabelos meus que escondem lágrimas que caem são como mãos dizendo adeus àqueles que da nossa vida saem! Saem, seguindo outro trilho, outro filme,   outra cena deixando na nossa vida um filho, que nos lembra, que ainda assim valeu a pena!

Onde?

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Passo dias… Passo horas, a ver quanto demoras para chegares a meu lado.              Vou contando lentamente, cada segundo… Cada momento, até ver – te a mim abraçado. Pareço cumprir um castigo, priva – me a vida de estar contigo, traz – te … Leva – te sem fim… Enquanto meu corpo definha; não sinto a tua boca na minha; não sinto teu corpo em mim… Amor? Onde estás, querido? Não respondes ao meu pedido, não ouves o meu chamado. Onde andas, amor meu? Por onde anda o olhar teu? Que não vê meu rosto molhado! Não me ouves? Estou bem perto, bem junto da tua mão, colhe – me com carinho e jeito. Vêm amor, leva – me do deserto, deposita – me no teu coração e tranca à chave o teu peito.

Se há… amor

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Se há tristeza em meus olhos infinitos vem do profundo interior, que pede socorro a celsos gritos, rogando, mendigando amor. Amor não se mendiga, deve ser oferecido com vontade, quem amor em seu peito abriga não deverá deixá – lo cair em enfermidade. Se há amor…. Se há sentimento, guardá –lo mudo não se deve, porque amor precisa de reconhecimento, precisa de uma mão, um gesto que o leve! O amor não é de viver calado, é para ser quadro, carta, poema, é para andar no corpo, na boca, ser cantado, da vida do homem ser o lema! Se há dentro de ti magia reconhecida como sendo o amor, faz dela um Jardim de alegria, regando a cada dia essa flor! O amor! Sim! O amor! Que agita a calma mais quieta. É ele que ouvimos na voz do cantor! É ele que lemos no verso do poeta!

Silêncio

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Não é hábito sentir essa vontade de fugir, uma busca em desespero. Mas hoje, o que me limita é essa voz sufocada que grita, esse silêncio austero. Engoli o meu sofrimento, para que não o levasse o vento, por aí, de boca em boca. Queria a voz sair da garganta, mas fica presa, pela dor ser tanta, não se mostra, ficou rouca! E os olhos caminham colados ao chão, tentando esconder abraços de paixão, fumo do fogo da fogueira em chama; Passando ao lado e ignorando cruelmente, quem vive por vezes dentro da gente, aquele alguém que tanto se ama!

Março

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Perfumada, sou uma flor, desperta na madrugada. na lembrança o amor, no corpo a geada! Acordei, era uma fera mordendo a vida com o pensamento. Nasceu em mim a primavera, brotaram – me flores por dentro! Renovado foi o sonho, em mim tecido com fios de Março e de linho. Sou hoje o pássaro outrora ferido, batendo asas, deixando o ninho!

A dor da Mãe minha

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Mãe feita de tantos sofrimentos… Quanta dor meu Deus! Deixou de viver seus momentos para que eu pudesse viver os meus. Ao abrigo da dor vive percorrendo a mais dura caminhada descalça e na valeta da vida sofrendo com a mentira… uma alegria falsa! Dedicou toda uma vida … única, a um ser, que ser seu pensou, se escondendo por debaixo de negra túnica tecida por quem a maltratou. Escapa de lado para lado, sobrevivendo á dor que se confessa pedindo a Deus em seu brado, felicidade cheia de pressa! Matou - te este ser sem piedade, com o desprezo, dia após dia… Por ser doente,   um abismo de insanidade semeador de discórdia e ironia. Por entre lágrimas e lamentos muitos dias adormeci, deitada em raiva e juramentos de que jamais seria igual a ti! Triste mulher foste, mãe triste o eras, perdeste o brilho do azul olhar, escapou – te a vida sem primaveras, cresci a ver – te chorar… Queria tanto poder mostrar – te, que deves agarrar bem o que te resta, e a antes de qualquer ser deves amar –