Baú de mãe
Este descomunal gelo que sinto cessa – me dolorosamente a circulação, deixando meu sangue sólido e extinto, sem percurso para atingir o coração! Abri demoradamente o meu baú de mãe, aquele que guardava a lembrança, do ser que sendo meu não é de ninguém que eu gerei e vi nascer criança! Porque é doloroso ficar sem ver quem se ama e é razão de vida, mesmo com a certeza que continua a viver é degradante a dor da partida! Remexi o baú em grande agitação, com o intuito de querer encontrar, as asas do meu filho, guardados com o coração e que lhe devolvo agora para ele voar! E do alto da montanha com impulsão demonstrando coragem, incentivando, estará sangrando meu coração… e eu sorrindo,com a hora de seu regresso ansiando!