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Com doçura

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  Ainda me amas? Ainda sentes o meu cheiro quando ausente? Ainda me desejas em mil camas? Ainda te sentes devorar-me por dentro? Será que os meus olhos são a tua chama? E o meu ventre, ainda a tua almofada? E os meus seios, que o teu corpo ama, são ainda teu refúgio, teu porto de chegada? Ainda me amas loucamente? E quando chego perto te arrepio? Ainda sou a energia da tua mente, a voz que elimina o teu vazio? Ainda me amas cheio de vigor? Dentro de ti brotam-te ainda flores de laranjeira? Ainda sou aquele teu amor que me faz ser tua desejada companheira? Ainda me amas? E meus abraços são a tua incessante procura? Ainda me amas! Leio teus olhos e ouço-os dizerem-me: Amo-te… (com doçura).

Recantos do teu corpo

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A natureza não seria perfeita se não existisse o teu odor, é que toda a natureza é refeita com a magia do teu amor. Os pássaros nidificam no teu regaço… As ondas do mar dos teus olhos luzidios dançam na areia da maciez do teu abraço, aquecem – me nos dias mais frios. As florestas cantam silêncios calmantes que nos alforriam, e o ar povoa-se de incensos das nuvens que nos molham e saciam. E eu sou livre, qual borboleta colorida voando delicada, vestida de encantos, alegrando o céu da tua vida beijando, do teu corpo, teus recantos.

Desilusão

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  É lança cortante que dilacera os sentimentos e mata lentamente a recordação de bons momentos. É como água envenenada que nos conspurca o interior e às tantas não sobra mais nada só os fantasmas do amor… É como luz que se vai apagando deixando o coração sombrio e o amor parte deambulando, semeia-nos por dentro um frio…  Pois quem vive nos desencantando arranca-nos a alma, deixa um vazio…

Quais as razões?

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Quais foram elas? Em quais me poderei amparar? Seria pelas flores colocadas nas janelas? Ou pelo primeiro pensamento ao acordar? Terá sido pelos cheiros? Pela constante presença do mar? Ou foi o encanto dos olhos guerreiros? Quem sabe se a dança dos lábios ao beijar? Quais foram elas? Seria por tua voz gritando na minha rua? Ou pelas chamadas às janelas para ver-te iluminado pela lua? Como posso eu saber? Se foi a maciez da pele ou a força do abraçar? Terão sido talvez as palavras de bem-querer? Ou a capacidade de aninhar? Procuro… quais as razões? O meu coração não me diz… Apenas me agitas as emoções… Fazes-me feliz… Guardo momentos, onde esgaravato sensações que me arrepiam ainda… Eu voo ao recordar teu tacto Ouço-te chamando-me de linda!

As manhãs

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  As manhãs são porto de esperança onde desembarcam afectos e carinhos alforriados dos campos da lembrança e repartidos pelos abraços carregados de mimos. Pela manhã somos sorrisos de criança e robustez necessária para percorrer caminhos. As manhãs têm um encanto misterioso quando deixas teu corpo sobrevoar o meu e acordas como o sol radioso aquecendo, da minha boca ,o céu… e fazes do nosso quarto um jardim harmonioso e do meu corpo um coliseu.

Comia-te

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Comia-te às dentadas pequenas como quem morde com as unhas a alegria. Comia-te leve, como se te cobrissem penas, repetidamente, todos os dias! Comia-te os lábios até dormir e acordar na tua língua deitada. Comia-te até sentir que p’ra ser feliz não preciso de mais nada. Comia-te ao milímetro, vagarosamente usando tua energia para renascer. Comia-te por dentro, por fora, calmamente sempre sem te magoar ou romper… Comia-te com os olhos esfaimados levando-te ao prato dos lençóis da minha cama. Comia-te até ficarmos saciados sussurrando que é assim quando se ama…

Devagar

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Devagar… sobes-me descendo-me e eu, solta agarrada aos teus braços, sou como a noite amanhecendo, sou qual cotovia voando o céu com passos! Devagar… no dedilhar da tua mão melodias meu corpo incendiado e em tua lava sou vulcão, sou a saliva do teu beijo molhado… Devagar… teu sangue fervente incendeia-te a pele, e arrepiado, o amor jorra do teu dentro, saboreio teu mel viciante e iluminado… Devagar… no percurso da nossa pressa somos algodão doce e melaço e devagar repetimos… tudo recomeça, somos novamente o desejo num abraço!