Com doçura
Ainda me amas? Ainda sentes o meu cheiro quando ausente? Ainda me desejas em mil camas? Ainda te sentes devorar-me por dentro? Será que os meus olhos são a tua chama? E o meu ventre, ainda a tua almofada? E os meus seios, que o teu corpo ama, são ainda teu refúgio, teu porto de chegada? Ainda me amas loucamente? E quando chego perto te arrepio? Ainda sou a energia da tua mente, a voz que elimina o teu vazio? Ainda me amas cheio de vigor? Dentro de ti brotam-te ainda flores de laranjeira? Ainda sou aquele teu amor que me faz ser tua desejada companheira? Ainda me amas? E meus abraços são a tua incessante procura? Ainda me amas! Leio teus olhos e ouço-os dizerem-me: Amo-te… (com doçura).