Testamento
Amanhã quando o sol nascer e beijar com raios tua porta, poderei eu já não viver, parei de respirar, estarei morta… Quero então fazê – lo, para tal deixo escrito, já que em vida não pude dizê – lo, agora morta ainda grito! Passei dias em conflitos em luta mesmo comigo, tentando deixar de amar teus olhos bonitos, e de amar – te bem mais que a um amigo… Quero gritar bem forte, sem pudor e sem respeito, pois perdi tudo, ganhei a morte, levo – te dentro do peito… Levo guardados os beijos ternos, os de loucura, de carinho, de paixão, levo as mágoas, as ausências, os infernos fruto das saudades que feriram meu coração! Quando me cremarem e o corpo extinguir, quero misturar – me na atmosfera, podendo ser ar e voltar a surgir, dentro de ti em primavera! Se esta noite meu coração parar, por mazelas, por cansaço, por dor, que fiquem a saber que hei – de te amar a cada teu respirar amor!