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Abril livre

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  Junho traz–nos à lembrança que se instaurou, universalmente, um dia para se comemorar o ser criança, vivendo este dia intensamente. Pena é que não seja assim tão universal, e que muitos destes seres que menciono, não sintam nas suas vidas um carnaval e que vivam, com os olhos em  triste Outono… Ingrato, que em abastadas regiões na terra, alimentos se percam pela demasia, enquanto milhares de crianças de guerra morram à fome ; que ironia! E são os homens, que redigiram a declaração, que fazem guerra e destroem o planeta; e que à custa de santos interesses, negam o pão   e  permitem que tão grave crime se cometa. Fazer sofrer um inocente… uma criança gerado  no ventre fértil da mãe sua, sujeitando– o a  que viva sem esperança, dormindo na valeta … morrendo na rua! E todos nós irónicos, continuamos, fingindo que nada de mal se passa, camuflando que cruelmente nos matamos; racionalmente destruímos nossa raça!

Bruma

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Eu desejei ser céu e chão barco a vapor,avião maré,espuma,areia; desejei ser página,livro de poemas,biblioteca, nuvem calma,o sol que seca, desejei ser a lua cheia… Eu desejei ser magma, vulcão, rocha,cordilheira,carvão, lagoa,água e gota harmoniosa . Desejei ser hortência, camélia,essência uma rosa… Eu desejei ser o mar, um cachalote,um açor a voar, uma montanha taciturna; desejei ser colo e amparo, pedra preciosa,tesouro raro, fazer dos meus braços berço e urna… Eu desejei ser uma ilha, do arquipélago filha, negra,basalto forte. Desejei ser pluma, mistério,bruma morte…

Acostar

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Nem sempre conseguimos explicar o que sentimos por vezes a tristeza toma conta da nossa voz e não gostamos do que vemos,nem do que ouvimos mas sabemos que o vazio está em nós… É um desânimo,um cansaço, um desatino,um desalinho… Desespera-se por um abraço uma luz certa no caminho… E só um silêncio,um aconchego, sem pressa… Faz com que a nossa alma tenha paz… Regressa… Nem sempre conseguimos entregar-nos (se nos sentimos perdidos) mas precisamos d’um porto onde acostar onde nos sabemos protegidos… Mas se sou porto se sou abrigo, não posso ser abrigado? Porque o porto que abraça o barco abraça mas não é abraçado… E só um silêncio,um aconchego, sem pressa… Faz com que a nossa alma tenha paz… Regressa…

Em mim

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Trago em mim tantas mulheres muitas delas não sou eu mas que entraram na minha vida para terem o que a vida me deu. Sou um livro de poesia, sou um regaço de flores perfumadas, inspiração, música e magia, maçãs do rosto alagadas... Trago em mim tantos sonhos e com eles bordo a minha estrada semeio sorrisos e abraços, sinto-me abençoada. Trago em mim tantas mulheres, crianças que cuido, que chamo; levo nas mãos um mundo de afazeres, carrego no coração os que amo!

Por aí

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Eu vim por aí fora,andando,nesta vida cambaleando entre sonhos e deveres; Caí, chorei, sofri… Eu vim andando por aí… Do negro dos meus dias fiz luxo e das ondas revoltas fiz energia que me renovou) e andando,eu vim por aí erguendo castelos numa estrada vazia.

Estou tão triste...

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  Estou tão triste dentro de mim há uma dor que me agonia, insiste em lembrar-me do horror... Estou a chorar por dentro chora meu coração de mãe lamento tanto, lamento não quero viver sem... Imagino que nem quero imaginar que ao deixarmos crescer nossos filhos à sua sorte um dia a vida leva-os sem que possam voltar da dolorosa estrada da morte... Estou tão triste, estou nervosa e escrevo para tentar me acalmar mas esta dor horrorosa não para de me amedrontar... Deve esta dor de perda enlouquecer aqueles que são verdadeiros pais sabendo que não irão ver um filho que se ama , nunca mais...

Carta de amor

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