Maior que qualquer estrada, maior até que o mar, é a tristeza do olhar que não vê nada, da força dos braços sem abraçar… A inércia arrasta o pensamento, para as palavras, que os lábios jorraram, enquanto o olhar em descobrimento revê terras e encostas que corpos desbravaram! Mas é maior o espaço entre cada momento olhado, onde chovem saudades da intensidade do abraço, e da luta dos lábios no beijo molhado. É o não alcançar… É a lonjura, que aperta, como um garrote, o coração, asfixiando–o … Inundando-o de amargura, arrancando–o do peito sem compaixão. Maior do que a dor da carência, é a lembrança do toque,da fragrância; é o gelo do querer e contemplar a ausência, a ironia da proximidade na distância!