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A mostrar mensagens de 2016

História de um Natal errado

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Era quase noite de Natal E o mundo ainda estava todo desarrumado Havia gente morta pelo chão, Gente que fugia do seu país No ar, cheiro de destruição E lágrimas de gente infeliz… Era quase noite de luz E o mundo numa imensa escuridão, Assassinava repetidamente Jesus Sem dó nem contemplação… Era quase noite de alegria E havia ainda uma mesa vazia Ao virar de cada rua Muitas lantejoulas brilhavam Em corpos que de opulência se vestiam Mas que trajavam uma alma tão nua… Era quase noite de Natal e havia muita solidão o mundo esquecera afinal qual a sua verdadeira missão… Era quase noite e o frio Da escassez de amor, semeava um vazio Embrulhado em dor e maldade... O Natal estava errado Foi estuprado Por sorrisos de falsidade… Esta é a história de um Natal errado De um mundo muito desenvolvido No qual, o nosso irmão morre ao lado E fingimos não ter percebido. Esta é uma história real Que perde a sua razão de ser e

Um laço de fita encarnado

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Fui comprar a tua prenda Andei às voltas, pois queria te surpreender Num repente, parei de frente para uma montra Havia encontrado o que te queria oferecer… Tinha finalmente encontrado O presente ideal para ti Comprar um enorme laço de fita encarnado Enrolei-me Dei-me, Desembrulha-me Estou aqui!

Pensar…

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Se pararmos um pouco para pensar na vida percebemos que esta, nem sempre é estrada florida… que passamos por várias estações choramos, sorrimos, somos feitos de emoções… Se pararmos para pensar na vida muitos pensamentos nos farão hesitar mas também ,muitos nos levaram adiante com uma arrebatadora força para sonhar… Se pararmos para pensar na vida que temos em muitos dias pensaremos em mudar, mas noutros , apenas desejaremos ter alguém a quem amar… Se pararmos para pensar acabaremos por perceber que temos de pensar sem nunca parar que não há tempo a perder, porque entre cada retomar a vida passa a correr…

Cuida de mim

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Quero que chegue depressa o fim-de-semana Para ficarmos abraçados na cama E debaixo do edredom Fazermos um acampamento Cultivarmo-nos por dentro E entre beijos e beijocas gritar: Tão bom! Quero que seja sábado de madrugada E ao amanhecer ficar deitada No teu abraço soalheiro Quero que me acordes com beijos e ternura E me abraces com doçura Como no abraço primeiro… Quero que cuides de mim constantemente Que faças de mim estrela cadente Estrela guia, estrela polar… Quero que cuides de mim com paixão Com encanto, com amor , com admiração E todas as formas possíveis de amar! 

É tua

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A minha boca é tua.  Beija-a.  Ela precisa do teu ar.  Ela precisa do teu respirar,  precisa do teu sabor. Ela é louca (de desejo) pela tua boca (pelo teu beijo) cheio de amor!

Postiço

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Despe-te de roupas caras e maquilhagens arquitetadas; despe-te de cremes e de falsas pestanas tira os saltos altos e as meias de seda que te trajam, por mais que uses estas artimanhas tens veneno nas entranhas és corrosivamente mortal, tudo postiço sem coração… Só é, quem já nasce especial sem bijuterias e pedrarias sem linho ou xantum … Despida de valores não tens valor nenhum és apenas alguém apenas mais um…
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Já te disse hoje,  que ontem eu não te quis tanto  quanto te vou querer amanhã?

Meu Natal

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  Tu és o meu Natal O meu menino de Belém A minha lareira de calor O meu presente amor A estrela guia do além. Tu és a minha consoada O meu frio de magia A minha madrugada A minha noite todo o dia… És o meu bolo de frutas cristalizadas Uvas passas, nozes, vinho do Porto És doce, és as doze badaladas És o meu presépio de conforto. Tu és o meu Natal Que me envolve em nobreza. És o meu amor especial O teu amor é a minha verdadeira riqueza.
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(Mu) dança

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  Recebi as tuas malas de viagem cheias de espaço os teus braços secos tremiam desidratados pediam um abraço e o teu olhar camuflado esgazeado revoltado pedia-me (calado) para ser amado. Recebi a tua agenda vazia Com restos de uma viagem fria… Tomei nota dos sonhos e da fantasia despi-te das folhas escritas com mentira e hipocrisia… Desfiz a minha trança e o meu cabelo perfumou o espaço da aragem do teu abraço que embalou o amor que assoberbou a tua vida minha de valor… Geramos um vento de harmonia iniciamos uma (mu) dança calma com sentimento entrega muita alma… Recebi as tuas malas de viagem e dentro delas nada havia. Deixai! De nada importa. Só (a ti) te queria!

O Sal dos teus beijos doces

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Ficou nos meus lábios  o sal dos teus beijos doces e agora sempre que me provo é a ti que saboreio... Ficou na minha língua vestígios da tua  e agora sempre que falo teu nome sabe-me a recheio... Fiquei com o teu gosto e o teu cheiro, em mim, entranhou-se e és como mar salgando-me o rosto deixando o meu corpo todo doce...
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O teu livro não tinha miolo

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O teu livro era uma capa de fachada azeda, mal acabada. Era feito de um material duro e usado com um papel vazio escrito num doloroso passado sufocante e sem futuro… O teu livro não tinha miolo não era cativante misterioso apaixonante era escrito por um interior sombrio mentiroso com fastio … O teu livro não tinha miolo parecia um catálogo de carros velhos despedaçados sem motor o teu livro tinha tanto, mas tanto bolor era um livro desinteressante stressante sem vestígios saudáveis do amor… O teu livro parecia uma montagem de encomenda e tu sem rumo num desgastante consumo corrias perdido nesta senda às cegas pelo mundo… Arranquei-te da tua prateleira tirei-te a venda e transformei o teu livro num livro novo de poesia que transbordava inovação magia emoção um livro romântico cheio de prazer um livro com vontade de viver, de construir novas histórias. O teu livro não tinha miolo era
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Todo meu

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Não te roubei, apenas te encantei. Quem não fica interessado num ser tão raro e inspirado? Não te roubei. Te apaixonei! Levei-te à morada da felicidade mostrei-te o amor de verdade. Não te roubei, apenas te ressuscitei. Havias adormecido vivias sem sentido. Não te roubei, apenas te amei. Levei-te em viagem ao céu e agora és todo meu!

O meu vestido de renda

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Vesti para ti o meu vestido de renda com janelas para a minha pele hidratada fazia de mim uma prenda pronta a ser desembrulhada… Vesti para que os teus olhos olhassem as minhas curvas corporais e os teus pensamentos te levassem a recantos meus: vivos, carnais… Vesti o meu vestido e calcei o sapato de salto maquilhei o rosto, e os lábios decorei ,  e elegantemente percorri o asfalto segura pela tua mão, que com a minha entrelacei… O meu vestido de renda despertou a tua ambição, desejaste ser renda e vestir a minha cútis e cobrires de elegância o meu coração pulsando em mim a cada segundo, sendo feliz.

Lonjura

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E a cada segundo que passa aumenta minha amargura meu coração tolo estilhaça com a realidade desta lonjura pois quem longe está, não nos abraça nem nos enche de ternura… Sigo minhas obrigações alimento as minhas vidas inquietas e guardo as minhas emoções nas minhas inacessíveis gavetas e aos poucos matam-me as ilusões que vou tornando secretas… E a cada segundo que passa sinto ainda mais solidão sinto ser a eterna traça à espera de transformação sendo quem a todos abraça sem receber consolação…

Distimia

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Uma dor sem rosto uma tristeza constante que levava o calor de agosto deixando a luz da  noite distante… Era uma dor fria, cascata de choro um desistir persistente uma ave de mau agoiro um organismo doente… Fazia as asas arrastarem-se pelo chão, voar era algo impensável os músculos perderam a capacidade de ação; tudo era detestável… Só lágrimas e gemidos só escuro e dor jardim mortos e destruídos ansiedade, insegurança e pavor… Era triste e denso o nascer de cada dia, um sofrimento imenso: distimia…

FOI MESMO NO SOFÁ

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Foi mesmo no sofá que te desarmei… Atirei-me para os teus braços e suspirei. Não tive forma de me conter e apressei-me para te derreter… Foi mesmo no sofá que te prendi, ocupei o teu colo e renasci… Lá tive tempo de aguardar por melhores condições, abracei-te e despi-te de ilusões. Foi mesmo no sofá que tornei real o meu fetiche de simples mortal… Saltei para o teu colo como quem mergulha para se banhar, prendi me aos teus lábios para te beijar e encontrei na tua pele o Sol e o mar e ondas frescas de abraços imparáveis, e salpicos escaldantes de palavras inigualáveis … Lá tive tempo de medir a temperatura atirei-me do mais alto penhasco da minha loucura e aterrada no teu aconchego tornei-me lava, desfiz-me de ser rochedo. Perdi a conta das vezes que repetimos os beijos e perdi a conta dos desmaios… foram tantas as repetições tantos os ensaios, concretizações… Foi verão com ondas de calor e foi arrepiante nevão com estrelas de amor… Foi m

O amor faz amor

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O amor faz-nos bem E quando encontramos alguém Que sonha com a nossa realidade A vida sorri E a alegria contagia Cresce em nós a vontade De viver De crescer De sonhar Tem magia… O amor nos liberta Povoa a nossa alma, quando deserta Semeia em nós a capacidade de amar! O amor faz-nos bem E até o orvalho da manhã Sabe-nos a panquecas com mel As lutas são apenas desafios E as tempestades, tornam-se suaves frios É fácil amar e ao amor ser fiel. O amor faz amor Cura as feridas Anula a dor Traz vida aos nossos dias O amor dividido Reciproco e sentido É tudo o que tem valor. Quando amamos somos do bem E até o orvalho da manhã Nos alenta o viver Quem ama de verdade Não abriga em si maldade Ama É amado Cresce E deixa crescer. O amor faz-nos bem Quando amamos Fazemos amor  (nascer) também E amar é um refrigério. O amor é energia Pássaro com asas de poesia Ninho de aconchego e mistério…

Lábios salgados

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Trouxe o mar na boca para aos poucos o provar o sol veio na roupa que despi à beira mar. Trouxe-te no pensamento e a cada respirar degustei o momento que o mar me veio salgar… Trouxe o mar na boca, trouxe  sal que a minha pele temperou, trouxe o teu sorriso especial que a minha memória captou. Trouxe-te, como quem traz uma preciosidade e guardei-te com os valores mais desejados; trouxe o mar da felicidade com ondas refrescantes dos teus lábios salgados.