Não posso...

Eu não posso sentir nada;
eu não posso tão pouco gritar,
deixar falar esta voz que me grita cá dentro;
eu não posso dizer nem medir o tamanho deste sentimento,
deste querer, desta necessidade;
não posso apregoar esta minha verdade cheia de vida e vontade;
eu não posso ser nada,
tenho de sufocar- me,
ficar quieta e calada;
eu não tenho o direito de perguntar nem esperar respostas;
só posso guardar para mim este amor grandioso e forte,
cheio de bem-querer e alegria,
que nasceu em mim por magia;
eu não o posso apagar nem esquecer por mais que tente;
posso apenas ficar ausente e só,
tentando mostrar não mais existir e querer,
mentindo -me dolorosamente e sem dó,
mentindo convictamente que consigo te esquecer,
mesmo que por dentro, em mim,
vivas constantemente a renascer!
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