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Minha alma (tua)

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O dia que me olhaste Não olhaste meus olhos, Olhaste meu eu… O dia que te mostraste Não mostraste teu ser, Mostraste – me o céu… O dia que me tocaste Não tocaste minha pele, Tocaste minha essência… O dia que me faltaste Não aumentaste meu orgulho, Aumentaste minha carência… O dia que me beijaste Não beijaste minha boca, Beijaste meu sentimento… O dia que me abraçaste Não abraçaste meu peito, Abraçaste – me por dentro… O dia que sofreste Não sofreste sozinho, Sofreste e eu por ti… O dia que me perdeste Não perdeste o teu caminho, Perdeste tudo o que perdi… O dia que te declaraste Não declaraste teu desejo, Declaraste em mim a calma… O dia que me amaste Não amaste meu corpo, Amaste a minha alma…

Carta de despedida

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Estou de partida! Novamente; é minha vida! Levo nas mãos calejadas tantas águas passadas! Levo no meu peito, o orgulho desfeito! Nos ombros meus, o peso do adeus! Dentro da mala a voz que já não fala! De rumo ao berço quase desvaneço! Estou de partida; engolindo a lágrima da ferida! Levo o peso da solidão e a urna do coração! Levo   em mim tudo o que sei, levo os que amo e os que amei! Aos ombros grosseiros carregos os herdeiros! Dentro da mala uma dor que me estala! Sem norte nem rumo desfaço – me como fumo! Estou de partida voltando ainda mais corroída! Levo sonhos sem validade arruinados pela saudade! Levo nos olhos olhares, sorrisos, abraços, lugares! Sobre os ombros edificações e escombros! Dentro da mala ,vão partidos ossos, dor ,tristeza e os meus destroços! Extraviada parto em fracasso, levando o cheiro, o beijo, o abraço! Estou de partida, não vendo ninguém na saída! Levo algo que nunca pud

Velhice

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Sou um livro quase escrito em papel de experiência. Sou um poço infinito entre a gratidão e a carência! Sou de vida , uma história, gravada em mar de lembrança. Sou mais valia, sou a memória, de novo, sou uma criança! Sou um todo neste mundo, que ainda tudo , não disse. Sou o inicio de um amor profundo, a lembrança da tua velhice! Sou ruga do tempo que passou, que permanece no presente. Sou o futuro que sonho… aqui estou! Vivo! Idoso! Mas gente!

Tolo!Tolo!Mil vezes tolo!

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Quando nasceste alguém te disse, que amar intensamente era tolice? Se o fizeram,foram bocas malfazejas, que não foram felizes e não querem que tu sejas! Quando partes com o coração dilacerado, de gritares que me amas, mas não dormes a meu lado, dói - te a alma , que revoltada, te morre em segredo... tudo fruto de uma caminhada feita de fraqueza e de medo! Quando nasceste, por acaso, vinhas fadado a viver  de aparências , tão infeliz e acorrentado? Se assim te deixas viver em perfeito dolo, é porque és tolo! Tolo! Mil vezes tolo!

Louca

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Sou louca! É o amor! Sou louca! É a alegria! Sou louca! Recuso a dor! Quero continuar louca a cada dia! Sou louca! Sinto a vida! Sou louca! Pois, quero viver! Sou louca! Perdida! Quero ser louca até morrer! Sou louca! Sorrio!   Sou louca! É de sonhar! Sou louca! É o cio! Quero ser louca e amar! Sou louca! Sou! Então? Sou louca! Quero o céu! Sou louca, na alma, no coração! Quero sempre ser louca, para ser eu!

Uma árvore qualquer

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Nasci como nasce uma árvore qualquer, mas em torneada silhueta de mulher, onde o vento brinca, entre a anca e os seios! Minha folhagem tem o mistério das cavernas; possuem a força dos troncos, as minhas pernas, e os meus ramos, são de ninhos de sonhos, tão cheios. Vou – me desfolhando, como se Outono fosse… em cada folha, deposito a minha parte mais doce, deixando em cada campo um rasto da minha raiz. Sigo, adiante numa busca incessante e dolorosa, buscando uma alma que me seja honrosa, que não me traia, me regue e me faça feliz! Nasci uma árvore carregada de sensibilidade, onde as palavras, tanto me prendem como dão liberdade, resultando da minha vida um poema, como fruto! Sou uma árvore transformada em folhas de papel desnudo; escrevo –me!Escrevo nestas vazias folhas de papel,tudo o que me ressuscita; o que me mata; o que me traz luto… Na minha copa sobrevoam pássaros em corrupio, saciando a sede nas minhas lágrimas, que formam rio

Assassinada

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Eu ainda não sei Se foste um caso ou o acaso, Se foste o mar ou o amar, Se foste um deus ou o adeus… Eu ainda não sei se foste fera ou esfera, se foste ouro ou tesouro, se foste canto ou desencanto… Sei ainda, que dentro de mim, és   o aroma do jardim que me transporta! Sei que eras a vida que procurava, o futuro que desejava, eras o não me sentir mais morta… Eu ainda não sei se foste felicidade ou infelicidade, se foste feito os desfeito, se foste arma ou carma… Eu ainda não sei se foste humano ou desumano, se foste linho ou desalinho, se foste água ou mágoa … Sei ainda que dentro do meu ser uma parte quer – te querer, sem se importar com nada… Sei ainda ouvir gritos marcantes, me alertando, para que fuja antes, do que pelo que és, seja assassinada…