Madrugada
Regressei a casa de pés no chão, sentindo nos pés o frio da madrugada, trazendo tudo da minha vida,no coração gelado pela força da brisa da geada. Entrei devagar no palácio sombrio, abri – lhe a porta como quem não quer entrar, arrastando a dor que me gelava,como o frio dos pólos do ter de partir querendo ficar. Caminhei em silêncio em cada passo, deixando pegadas de passados e de sorrisos. Despi do corpo a roupa em compasso mantendo apenas a pele e os cabelos lisos. Subi a escada ,quase sem respirar pois me impregnava o cansaço e a dor, da tristeza e da força do amar e a constância das forças do rio do teu suor. Abri lentamente a janela do meu espaço... Uma brisa revoltada agrediu me com o cortinado, e brevemente transportou – me para dentro do abraço que inesquecivelmente repousou a meu lado. Instantaneamente saltaram aguçadas lágrimas de desgosto, fazendo lembrar as palavras do olhar e dos corpos,o envolver, caíram vertigi