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Perto do fim

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Correm boatos que o mundo estará perto do fim, que acabará; que Deus destruirá a Terra! Que se inicia uma grande guerra… A guerra é a que temos nos interiores estas, onde nós matamos os amores; nas que cortamos os ternos laços; onde nos agredimos ao invés dos abraços… E o fogo que nos incendiará, pena não ser o da paixão, mas será o da ganância, do egoísmo e do poder. Pois iremos perceber, embora já tarde, que a vida é o fogo intenso, que em nós arde, E que muitas vezes nos esquecemos de viver!

Mar de memórias

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Hoje novamente, me encontrei sem direcção; dirigi sem rumo, até mesmo sem pensar, fui na busca de um caminho, que nós ainda não tivéssemos andado a percorrer e a desbravar. Só ouvia, constantemente o teu chamar, deixando minha mente de lembranças tão cheia! A dança sincronizada das ondas do mar… O borbulhar do sil êncio nos grãos de areia… E alimento compulsivamente, a esperança minha, mantendo desta forma vivo o amor que me surgiu inesperado na vida, e se aninha, trazendo vida nova, alegria, mas também dor! Dor porque a ausência não se contorna. Quem amamos povoa-nos todo o ser… Mas o coração é exigente, não se conforma; os olhos têm de sentir, as mãos têm de ver! Chorei! Chorei! Aumentei as águas… Deixei – me levar nas ondas, para atingir a calma… Aliviei um pouco essas minhas mágoas, sosseguei um pouco a minha alma. Sei que ainda me restam as memórias e as fotografias que te tirei com o olhar; ainda poderei ler ao espelho,

Esse doer no coração

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À tua espera e esquecida de mim, tem sido minha vida… … tenho vivido assim! Entre lembranças e saudades tantas vezes adormeci, cansada do cair da lágrima, me sentindo abraçada a ti… Procuro um sinal teu! Um cruzar do olhar antigo; o teu abraço… e o beijo… o meu porto de abrigo… Eu tento… fugir… até tento não lembrar; mas tua imagem vive a surgir, volta em mim, sempre, ao acordar… Desejo não mais respirar! Queria ser cinzas de uma lembrança , no mundo… é que quando respiro, não pára de gritar esse doer no coração… tão fundo…

Tu

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  Tu, não és uma pedra dura, nem feito és do mais frio gelo, apenas escondes teus sonhos e tua ternura pintando na tua vida um pesadelo… Tu, não és de maldade tecido! Eu vejo no teu olhar esconderijos de papel, onde teimas ficar escondido, limpando as gotas, que te escorrem, de mel. Tu não és uma alma vazia que caminhe adiante sem olhar. Apenas temes o amor e a alegria, assim… desistes de lutar… Tu não és um ser insensato achas   só ,que tua vida não vale nada, e então anulas – te , és ingrato, deixas tão vazia a tua estrada… Tu não sonhas com receio e se sonhas não te aventuras, deixas teus projectos ficar a meio desfrutas   sozinho   tuas amarguras… Tu não vives! Vais vivendo! Acomodas – te na tua tradicional teia, não te apercebes que vais morrendo de cabeça soterrada na areia … Tu , esqueceste de seguir , sem temer, sem largar a mão de quem dizias amar tanto, e agora passas teus dias a ver morrer o amor , sem forma de renascer… em pranto… Tu não entendes que amor não se pla

Jardim inteiro

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Passaste suave num jardim onde sentiste meu perfume no ar, e desde então que sou assim, como se fosse o teu respirar. Sou a tua rosa em botão, que se alimenta no teu abraço, perfumo–te a vida,o coração, embelezo   teu regaço. Regas–me com beijos e guarida, misturando com o meu, o teu cheiro, colhes com jeito minha pétala caída, regas de amor meu jardim inteiro. Cuidas de mim,és sol e rega, és chama ardente do meu lume; és todo corpo em entrega, o louco aroma do meu perfume.

Menina Poesia

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Do cheiro da terra colhi a inquietante inspiração, a intensidade   das palavras, é fruto   da maresia; junto – as assim, perfeitas, neste meu coração, carregado de sensibilidade e terna poesia. Nasci cedo, no mês das mais belas flores, sou toda Maio, sou um pássaro, sou andor; sou as verdes lagoas das ilhas dos Açores compondo e declamando   poemas de amor! Em minha Angra atracam pensamentos, trazidos em botes baleeiros de sentimentos, resgatados na linha do horizonte,tão fina… Nasci, minha querida mãe! Desejada e forte, lutando, construindo pilares sólidos p’rá sorte, sendo sempre eu, em versos, mãe. Eu! A tua menina.

Dança das línguas

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A minha língua era como terra de ninguém, deixada por cultivar e ao abandono, povoada por corvos em harém, em queda,como as folhas no Outono! A tua língua,trazia o gosto da resiliência, trazia papilas,em séquito degradado, que procuravam uma razão de existência, ansiando uma terra,onde ser arado. Juntas,entre bocas que as ostentam, tanto saem agitadas,como entram, mostrando,do amor,toda a pujança; Procurando na húmida boca desejada a tão almejada porta de entrada, onde as línguas se entregam em dança!