Receios
Fez - se noite no meu olhar
quando me pus a imaginar,
que era possível desviar meu caminho,
para longe do teu,
onde tantas vezes, o rosto meu
foi inundado por manifestações de carinho…
Cheguei a pensar dizer – te que afinal
o que sentia por ti, não era especial,
havia sido a consequência,
de um mal entendido,
de um coração bandido
ou de algum momento de carência…
Fechei – me no quarto
de onde tantas vezes parto,
para uma dimensão, que ninguém conhece;
deixando cair minhas lágrimas na almofada,
por me doer a alma magoada;
por tanto querer quem não me esquece…
Também tenho meus receios,
também já tive dias feios;
a arte da vida está em continuar,
escolhendo o amor que nos inunda,
ou então uma situação que nos afunda,
enquanto vemos nossa vida a passar!
Ninguém nos bate á porta sem razão,
a vida tem caminhos que nós não
deciframos então, imediatamente.
Todo aquele que cruza nossa vida,
trás uma missão a ser cumprida,
grava nossa vida definitivamente.
Eu quero adormecer sem pensar
e pela manhã, conseguir acordar,
como quem acorda numa manhã de frio;
erguer – me das mágoas sem desdém,
certa de que não amo ninguém,
de que trago o coração vazio…
Porque é bem mais fácil não amar,
podemos levar a vida sem pensar…
Como seria tudo tão diferente?!
Se o coração, esse desgraçado,
não vivesse sempre apaixonado,
tão entregue… tão carente…
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