Ecdise
Quero despir esta minha pele, esta minha imagem que me impuseram quando nasci e eu nem queria! Quero ser livre ,leve brisa, uma suave aragem, cansei – me de ser sempre a força da ventania. Preciso ser eu a provar toda a maciez, do conforto de um colo aconchegante ! Suplico, nem que seja por uma única vez, quero ser guardada e querida como um diamante. Quero dormir em leito de pétalas de calma e harmonia, embalada por sussurros cálidos , como xailes de lã, e ao acordar, ver despontar quente, tão sonhado dia, no qual, teus olhos, são raios de sol anunciando a manhã. Preciso deixar entrar em mim, com urgência, novo alento. Encontrar – me nesta selva de pensamentos obstinados. Deixar para trás, sepultando bem fundo, o meu lamento, reiniciar a vida, sem sentimentos em mim gravados… Quero ser fio de água fresca, correndo como quem desliza sobre as pedras dum riacho,de destruição ainda casto. Preciso ser serpente, despojada da pele que não